Por Rondoniadinamica
Publicada em 26/05/2021 às 09h01
Porto Velho, RO – Poucas horas após o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia Omar Aziz (PSD-AM) chamar Marcos Rogério (DEM) de “Rolando Lero”, o Governo de São Paulo, em nota oficial, alegou que o senador de manipula informações.
A Secretaria de Saúde daquele Estado negou que tenha recomendado o uso de cloroquina em um protocolo até março de 2021, como mencionado pelo congressista durante a CPI.
Em nota, a pasta afirmou que o senador “mente” e “manipula informações” na CPI e que “nenhum medicamento sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19 foi adotado em protocolos pelo Governo do Estado de São Paulo”.
“Mais uma vez o senador bolsonarista Marcos Rogério, em sessão da CPI da Covid desta terça-feira (25), manipula informações. Ele omite que São Paulo, como os demais estados da federação, segue o preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o uso da cloroquina/hidroxicloroquina para tratamento de diversas doenças: artrite reumatoide, lúpus, artrite idiopática juvenil, dermatomiosite, polimiosite e malária”, disse a nota emitida pela pasta da Saúde (veja íntegra abaixo).
Íntegra da nota da Secretaria de Saúde de SP nesta terça (25)
"Senador Marcos Rogério mente em CPI sobre protocolo de uso de cloroquina em SP
Mais uma vez o senador bolsonarista Marcos Rogério, em sessão da CPI da Covid desta terça-feira (25), manipula informações. Omite que São Paulo, como os demais estados da federação, segue o preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o uso da cloroquina/hidroxicloroquina para tratamento de diversas doenças: artrite reumatoide, lúpus, artrite idiopática juvenil, dermatomiosite, polimiosite e malária. Assim, a distribuição feita aos Departamentos Regionais de Saúde (DRS) é corriqueira e de praxe, para atendimento aos pacientes que de fato fazem uso de tal medicamento para tratamento de outras doenças que não COVID-19, uma vez que não existe, até o momento, estudo publicado e revisado sobre a eficácia de nenhum medicamento para “tratamento precoce” contra o novo coronavírus.
Em SP, os gestores de saúde deliberaram pela não recomendação do uso do medicamento em casos leves, moderados ou graves de COVID-19 devido à insuficiência de evidências sobre a eficácia. Vale lembrar que a automedicação é contraindicada em qualquer hipótese e, especialmente para COVID-19, é necessário haver embasamento científico e prescrição médica para segurança dos pacientes. Nenhum medicamento sem eficácia comprovada para o tratamento da COVID-19 foi adotado em protocolos pelo Governo do Estado de São Paulo.
Os negacionistas poderiam se ater aos temas que realmente importam para combater a COVID-19 e trabalhar em prol deles: a vacinação, o distanciamento social, o uso de máscaras e adoção de medidas de higiene".