Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 29/05/2021 às 10h25
Um “Grupão” integrado por vários partidos e comandados por lideranças regionais está sendo formado em Rondônia para concorrer às eleições gerais de outubro do próximo ano, quando serão eleitos presidente da República, governadores, uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Já foram realizadas reuniões preliminares. A meta é fechar questão até o final do ano e se preparar para as convenções partidárias, que definirão os candidatos.
A formatação do “Grupão” é só uma questão de mais dias, menos dias. Reuniões estão sendo realizadas na capital e interior reunindo as principais lideranças de cada partido e definir o nome que concorrerá ao governo do Estado e aos demais cargos, que estarão sendo disputados.
Em várias oportunidades tivemos condições de adiantar nomes em condições de concorrer à sucessão estadual em 2022, cargo, além da presidência da República, que estará em disputa no próximo. Há lideranças com e sem mandatos em condições de comandar o Estado a partir de janeiro de 2023.
A expectativa é que o eleitor terá um leque de pelo menos meia dúzia de nomes expressivos, bons de votos, com ou sem mandatos aptos a governar Rondônia. Pelo que se desenha hoje, não teremos governador eleito no primeiro turno devido ao equilíbrio dos nomes, que já estão sendo colocados na vitrine como pré-candidatos.
O “Grupão” que está sendo formado tem lideranças regionais como o ex-deputado Natan Donadon, membro de uma família de enorme potencial de voto no Cone Sul. Os Donadon já tiveram Melki, líder maior da família como prefeito de Colorado do Oeste e de Vilhena; o sobrinho Marlon, prefeito de Vilhena; a esposa de Melki, Rosani prefeita de Vilhena; o irmão Natan deputado federal; o irmão Marcos deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa (Ale) e hoje, a esposa de Marcos, Rosângela, exercendo mandato de deputada estadual.
Não há como ignorar a força política da Família Donadon no Estado concentrada no Cone Sul. São vencedores, tiveram problemas com a Justiça, mas comprovadamente são campeões de votos.
O ex-deputado estadual Celso Popó (1999-2003), de Santa Luzia do Oeste também está integrado ao “Grupão”. Popó teve ótima participação na sua passagem pela Ale e está entre a lideranças da Zona da Mata e deverá concorrer a uma das 24 vagas nas eleições do próximo ano. Popó é parceiro, gosta de trabalhar em grupo e se destaca pela visão do quadro político regional.
Na região polarizada por Ariquemes o “Grupão” terá a tradicional Família Follador na articulação. Adelino, que já foi vereador em Ariquemes, prefeito de Cacaulândia e no tgerceiro mandato de deputado estadual. Também integra a composição política o filho, Lucas, que foi vice-prefeito de Ariquemes até dezembro e é suplente de deputado federal.
Adelino foi o deputado estadual mais bem votado em 2014, com 19.151 votos e na reeleição de 2018, 12.890 votos, o sexto mais bem votado. Adelino foi eleito pela primeira vez em 2010 com 8.140 e na 18ª colocação.
Ele com o filho Lucas são garantia de uma parcela considerável dos votos nas eleições do próximo ano na região da Produção.
Na área polarizada por Cacoal um dos membros do grupo é o ex-deputado federal Nilton Capixaba, que preside o PTB no Estado. Capixaba sempre foi muito bem votado na sua passagem durante dois mandatos seguidos na Câmara Federal. Ele não pode concorrer em 2018, porque estava inelegível, mas sua esposa Rosana Capixaba, sem ter disputado nenhuma eleição foi muito bem votada (21.895 votos.), o que demonstra a força eleitoral do ex-deputado.
O PTB tem o vereador Paulo Henrique, que é advogado, jornalista e fiel escudeiro de Capixaba que é uma das lideranças emergentes da região e preside o partido em Cacoal. O “Grupão” também está com lideranças consolidadas na região do Café.
O “Grupão” também tem lideranças político-religiosa. O pastor Sebastião Valadares Neto, da igreja Assembleia de Deus, uma das lideranças evangélicas do Estado, gosta e participa da política e integra o círculo de lideranças estaduais em seus mais variados segmentos, que buscam formatar uma aliança forte e com plenas condições de atingir o objetivo maior, que é eleger o governador do Estado, preencher a vaga ao Senado, e eleger o maior número de deputados federais e estaduais. E não será por falta de lideranças.