Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 04/05/2021 às 15h05
Senado – As eleições gerais do próximo ano serão disputadas de forma intensa em Rondônia. Se temos cerca de uma dezena de bons nomes para concorrer à sucessão estadual, o mesmo ocorre para a única das três vagas ao Senado. Nomes como dos deputados federais Léo Moraes e Jaqueline Cassol, presidentes regionais do Podemos e PP, respectivamente; ex-senador Expedito Júnior, ainda, no PSDB, Fátima Cleide, do PT, ex-prefeito de Ji-Paraná e ex-deputado estadual Jesualdo Pires, do PSB, que divide uma candidatura ao governo do Estado, vice ou ao Senado; o empresário do Cone Sul, Jaime Bagattoli (PSL) são alguns nomes que já despontam como pretendentes ao cargo, hoje ocupado pelo senador Acir Gurgacz, presidente do PDT no Estado. E, ainda, tem correndo por fora o ex-senador Valdir Raupp (MDB), que não pode ser descartado. Basta a pandemia dar uma trégua, que certamente teremos ações mais agressivas junto ao eleitorado dos prováveis candidatos em busca do voto no próximo ano, pois a caminhada rumo ao Congresso Nacional não será das mais fáceis.
Mulheres – A composição da Assembleia Legislativa (Ale), hoje, conta somente com duas das 24 cadeiras ocupadas por mulheres. A representante da região de Jaru, Cássia Muleta (Podemos) e do Cone Sul, Rosângela Donadon (PDT) são as únicas mulheres da atual legislatura que terminará no final do próximo ano. Em legislaturas anteriores, a 7ª (2007/11) teve somente uma representante do sexo feminino, Daniela Amorim, do PTB, que também já foi prefeita de Ariquemes. Mesmo com pressão, para que as mulheres participem mais da política, hoje a representatividade no Parlamento Estadual é pequena, porque a maioria do eleitorado de Rondônia é feminino. Admitam ou não, a mulher eleitora, ainda, reluta em votar na mulher política, infelizmente.
BR 364 – As bancadas federais de Rondônia e Acre, certamente estarão marcando presença na próxima sexta-feira (7) na inauguração da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, município de Porto Velho, obra da maior importância para os dois Estados e que terá a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido). Momento da maior importância para cobrar a restauração da BR 364, primeiramente no trecho Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700 km e por onde passam boa parte da safra de grãos (soja, milho, café) do Mato Grosso e de Rondônia, produção que é exportada pelo porto graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira. O transporte fluvial é muito mais econômico e rentável que o rodoviário. É o momento de cobrar a restauração de parte da rodovia, que foi construída na década de 80, quando não existiam carretas, bitrens e treminhões, somente algumas jamantas.
BR 364 II – Como Rondônia é um Estado onde a produção de soja e café cresce a cada ano, além da exportação da carne, hoje está entre os seis primeiros rebanhos bovinos de corte do país. Na região Norte, somente o Pará tem rebanho de gado maior que Rondônia. Para poder produzir e exportar carne e grãos é necessário que a BR 364, a mais importante rodovia federal do Estado esteja em condições de atender a demanda. No período de safra de grãos, por exemplo, cerca de 2,5 a 3 mil veículos pesados transitam no trecho entre Vilhena e Porto Velho. Recuperar e não tapar buracos, que enche as burras das empreiteiras e tem que ser feito todos os anos, porque a pista não tem suporte técnico para a demanda de veículos e peso fica quase que intransitável e perigosa matando muita gente devido a esse descaso com a importante rodovia. É o momento de senadores e deputados federais dos dois estados demonstrarem força e garantir primeiro a restauração, seguida de duplicação.
Bolsonaro – Como a coluna já havia adiantado ontem (3) a comitiva do presidente Jair Bolsonaro não irá aterrar na Base Aérea de Porto Velho na sexta-feira, como se previa. Bolsonaro provavelmente nem virá à capital de Rondônia, o que não deixa de ser uma surpresa, pois o governador Marcos Rocha (Sem Partido) é Bolsonaro até debaixo do rio Madeira. Certamente o problema é político e tem muito a ver com a sucessão estadual do próximo ano, quando Rocha se prepara para concorrer à reeleição, a exemplo de Bolsonaro. O corre que nas eleições de 2022, o candidato do atual presidente não seria Rocha. Na inauguração da ponte do Madeira na Ponta do Abunã, na sexta-feira certamente teremos a confirmação se o problema é político. Nas próximas colunas vamos acompanhar, como dizia meu saudoso e querido pai Jurandyr, de como será “o andar da carruagem...”
Respigo
Em Ji-Paraná o secretário de Administração Jônatas França resolveu acabar com a papelada na prefeitura. Está sendo implantado o sistema de digitalização, que deverá eliminar toneladas de papel, além de dar celeridade nas ações administrativas devido a facilidade e rapidez do segmento eletrônico e o gasto com papel, espaço, etc. +++ Aos poucos todo o sistema público, além do privado terá que se adequar à realidade da era digital, que foi acelerado com a chegada da pandemia, que assusta e preocupa o mundo. Hoje não há como fugir da era eletrônica, sob pena de se perder tempo e dinheiro +++ Porto Velho precisa urgentemente organizar o trânsito, uma baderna total. Semáforos são ignorados principalmente por motoqueiros, principalmente os que entregam alimentos, que só enxergam o “verde”, por isso o elevado número de acidentes com o veículo de duas rodas +++ O assunto já foi motivo de nota na coluna, mas merece repeteco, porque nada mudou. Os semáforos das principais vias, seja no centro ou nos principais bairros estão sem sincronia, dificultando o fluxo de veículos e favorecendo a prática condenável de “furar” o sinal +++ A Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran) deve organizar o complicado e perigoso trânsito de Porto Velho. É necessário sinalizar, orientar, punir se for o caso, mas acima de tudo fiscalizar, inclusive firmar parceria com a Polícia Militar, para que o trabalho ostensivo-preventivo seja eficiente.