Por Montezuma Cruz/Secom
Publicada em 19/05/2021 às 11h34
No Dia do Físico, hoje (19) mais uma vez comemorado, três professores dessa disciplina na Mediação Tecnológica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) lembram a rotina e relatam seus sentimentos em relação ao delicado período, também, para o ensino em Rondônia e no País. A pandemia não foi motivo para interromper a Mediação, que tantos benefícios leva a alunos distantes até 800 quilômetros de Porto Velho. Entre aqueles situados a grandes distâncias, destaca-se a do Guaporé, na fronteira Brasil-Bolívia. Para eles, desde março de 2020, os professores reservaram conteúdos especiais e pontuais.
A Seduc tem três mestres em Ensino de Física: Deise, Décio Gomes Marques, e Mcenroe Franco da Silva. A data comemorativa vem desde 2005 e foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que decretou o Ano Internacional da Física, em homenagem ao centenário do chamado “Ano Miraculoso de Einstein”.
Para o professor Décio Marques, nascido em Mantena (MG), o Ensino de Física na Mediação Tecnológica representa um avanço positivo no sistema educacional, principalmente em relação ao conteúdo de qualidade repassado aos alunos. “Contamos com muitos efeitos gráficos facilitando a compreensão do aluno, e o conteúdo é abordado durante o ano letivo, o que não acontece no sistema regular, onde muitos dias letivos não são executados devido a interrupções causadas por atividades diversas, bem como palestras e etc”, explicou.
Segundo Décio Marques, a Mediação Tecnológica na Seduc possibilita aos professores uma rotina de elaboração de aulas, com montagem de efeitos nos slides, exemplos e exercícios para envio à coordenação com antecedência das gravações em estúdio. “Quando não estamos gravando em estúdio, estamos elaborando aulas, estou nessa rotina desde 2017”, disse.
Décio Marques disse ter lidado bem com o isolamento, pelo gosto de ler, assistir vídeos e pesquisar na rede. “Uma experiência marcante foi dar aula olhando para uma câmera e ter que imaginar alunos do outro lado, pois eles não estavam à minha frente”, contou.
Desde 2012 na educação, a professora porto-velhense Deise Silva Lima passou pelas escolas estaduais de ensino fundamental e médio Major Guapindaia, José Otino de Freitas e Petrônio Barcelos. “Minha experiência tem sido boa, dá gosto, agora, trabalhar na Mediação Tecnológica”, comentou.
Entre as suas experiências, está o desenvolvimento de projetos de experimentação no Ensino de Física e Robótica Educacional com os seus alunos. Convidada pela Seduc, atuou como professora formadora e também na abertura e acompanhamento de processos e projetos de Robótica Educacional para alunos das escolas do estado. Essa missão, conforme explica, teve o objetivo de impulsionar a Iniciação Científica na Educação Básica.
O professor Mcenroe Franco da Silva sintetiza sua experiência: “Ser professor de Física já era um desafio diário, e com a pandemia tivemos que nos reinventar, adotando novos métodos de ensino e também chamando a atenção do aluno para o dia a dia dele, que está repleto de fenômenos físicos, desde quando acordamos até o momento de deitar”.
Natural de Humaitá (AM), Mcenroe passou no concurso de 2013 para lecionar em Candeias do Jamari, a 18 quilômetros da Capital, onde permaneceu até 2016. Seu Mestrado iniciado em 2014, foi concluído em 2016. Daí, ingressou na Mediação Tecnológica. Já deu aulas em Faculdades particulares, de 2016 a 2018, e de 2018 a 2019, respectivamente.
“A parte boa de ser professor da mediação, é estar acostumado com a distância entre nós e os alunos”, disse.
Nada se move sem a física, cujos artífices são hoje lembrados. Estudos e pesquisas de físicos proporcionam às civilizações verdadeiras revoluções nos campos da mecânica, informática, educação, eletricidade, refrigeradoras, turbinas, altos fornos, telefonia celular, aviação, navegação, geladeiras, celulares, aviões, computadores, câmeras diversas, etc.