Por Estadão
Publicada em 20/05/2021 às 10h14
O escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa disse, nesta quinta-feira, 20, que ainda é necessário ter prudência com viagens internacionais não essenciais, mesmo que as vacinas aprovadas contra a covid-19 sejam eficazes contra "todas as variantes" do coronavírus. Para a OMS, a persistência da doença e alto potencial de transmissão do vírus são pontos de alerta.
“As vacinas podem ser a luz no fim do túnel, mas não podemos ser cegados por essa luz”, disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, em conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia.
Kluge recomendou evitar viagens e se mostrou cético quanto à possibilidade de passaportes de imunização - que liberam a circulação de pessoas já vacinadas -, embora reconheça que o turismo é uma forma de renda vital para algumas regiões.
A chefe das Emergências da OMS na Europa, Catherine Smallwood, defendeu a manutenção dos requisitos para viagens, como testes e quarentenas em determinadas situações. Para Smallwood, ainda é necessário ser “extremamente cuidadoso", sobretudo em um momento de "alta transmissão" como o atual, apesar da queda regional da incidência.
A OMS está monitorando de perto a evolução das quatro variantes mais proeminentes que foram identificadas na Europa e que classifica como "preocupanes”. A que predomina na região é a cepa que foi primeiro identificada no Reino Unido, mas a indiana já foi registrada em 26 dos 53 países que compõem a região europeia da OMS. Segundo a Organização, a variante da Índia se espalhou sobretudo devido a viagens internacionais, embora a transmissão comunitária também tenha sido detectada.