Por Folha do Sul/Rildo Costa
Publicada em 16/06/2021 às 09h20
Começou, oficialmente, a colheita de milho na região de Cerejeiras. A maioria dos produtores começou a colher o chamado “safrinha” nesta segunda-feira, 14.
A produtividade do cereal na safra de milho 2020/2021 causa preocupações. Desde o plantio da soja, no final do ano passado, o clima não tem ajudado. A última chuva significativa na região de Cerejeiras foi no dia 24 de abril. O problema, no entanto, é que o milho precisaria de uma queda d’água posterior a esta data, lá pelo dia 05 de maio.
Por outro lado, porém, há alguns produtores que foram beneficiados pelas chuvas mais cedo, em determinados pontos geográficos da região. Plantando a soja mais cedo, eles puderam semear o milho na “janela” mais adequada, ou seja, quando ainda estava chovendo.
O fator que pode amenizar as perdas de produtividade nesta safra é o nível de profissionalização dos produtores. Com melhores manejos e mais tecnologia, os produtores plantam sementes geneticamente melhoradas, com plantas de resistem mais ao chamado “estresse hídrico”, ou seja, a falta de chuvas.
Seja como for, poderá haver uma perda de 20% na produtividade de milho na região. Mas o volume total de produção poderá aumentar em relação à safra passada, pois há estimativas de aumento de 10% área plantada.
Ao FOLHA DO SUL ONLINE, a equipe de engenheiros agrônomos da Copama, uma cooperativa de produtores de soja e de milho em Cerejeiras, Vilhena, São Miguel do Guaporé e Seringueiras, enviou uma nota técnica sobre as perspectivas para esta safra do milho na região cerejeirense. A nota é a seguir:
Para as lavouras de milho implantadas até o dia 20 de fevereiro, as expectativas de rendimento são próximas ou até superiores à safra passada.
Lavouras de milho semeadas no final de fevereiro e meados de março acumulam perdas significativas que podem chegar de 25% a 30 %.
A última precipitação pluviométrica em alguns locais de Cerejeiras foi observada no dia 24 de abril, quando a planta de milho nestes locais estava em fase de pré-pendoamento ou em início de pendoamento.
As perdas só não poderão ser maiores porque a maioria dos produtores vem ano a ano investindo em melhorias da qualidade do solo e aumentando a adubação da cultura.