Por Assessoria
Publicada em 02/06/2021 às 15h49
O deputado Adelino Follador (DEM) celebrou nesta segunda-feira (1), com seus correligionários e família, o centenário do coronel Jorge Teixeira de Oliveira, que foi o último governador do Território Federal de Rondônia e o primeiro governador do Estado de Rondônia, nascido em 1 de junho de 1921 e falecido em 28 de janeiro de 1987.
O parlamentar, que foi um dos auxiliares mais fiéis de Teixeirão, como tornou-se conhecido nas terras de Rondon o ex-governador, destacou o seu legado como obra essencial das bases administrativa e política do novo estado que nasceria com vocação semelhante a de seu gestor. “Por isso neste dia não podemos deixar de enaltecer a figura deste homem tão singular e importante para nossa história”, disse Follador.
Corria o mês de abril do ano de 1979, exatamente no dia 10, quando o coronel Jorge Teixeira de Oliveira tomou posse, após ser nomeado pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo, seu primo, governador do Território Federal de Rondônia, com as bênçãos do também coronel Mário David Andreazza, então ministro do Interior do Governo.
Na verdade, segundo Follador, o presidente Figueiredo precisava naquele momento de um homem de decisão, inteligente, responsável e arrojado em suas ações, eis que deveria cumprir a grande missão de preparar a infraestrutura (obras) e a administração do novo estado que nasceria com o mesmo nome de Rondon (Rondônia), criado em 22 de dezembro em 1981 pela Lei Complementar 41, e instalado em 4 de janeiro de 1982. E foi assim. O presidente não teve dúvida ao nomear Jorge Teixeira, até então prefeito de Manaus, governador do Território Federal de Rondônia.
Follador disse que traz na lembrança as tantas vezes que acompanhou Jorge Teixeira por todo Estado, no cumprimento de agendas sempre cheias, em jornadas intermináveis, acompanhando e fiscalizando obras, discutindo serviços e propostas de políticas públicas para os mais diversos setores da administração. “Em cada lugar as necessidades iam mudando, eram escolas, estradas, hospitais, segurança, frentes de apoio para a agricultura, com pedidos de maquinários e insumos, serviços de expansão da administração pública para o Executivo e Judiciário, e tudo mais”, disse.
Neste ritmo foram surgindo os núcleos de colonização ao longo da BR-364 e adjacências, nas estradas vicinais que surgiam a partir da BR-364. Ao mesmo tempo se verificava um movimento demográfico crescente, assim como as movimentações econômicas que faziam crescer rapidamente novas cidades e a vida no campo. Essas boas notícias levavam Rondônia aos noticiários nacionais como novo Eldorado, um novo celeiro do Brasil. A agricultura e pecuária comandaram a economia e sedimentaram o desenvolvimento do Estado, sendo até o momento o fator de equilíbrio deste processo e pauta essencial das exportações, com grãos e carne.
E foi assim que, já dotado de razoável estrutura administrativa, que no dia 04 de janeiro de 1982 foi instalado o estado de Rondônia com a posse do seu primeiro governador, o coronel Jorge Teixeira de Oliveira, que se tornou inesquecível para o povo de Rondônia, dando seu nome a bairros, cidade, prédios e repartições públicas, como reconhecimento à sua obra e legado.
O ex-governador Jorge Teixeira de Oliveira que faria 100 anos nesta segunda-feira (1) nasceu em General Câmara, no Rio Grande do Sul (1.6.1921), filho de Adamastor Teixeira de Oliveira e de Durvalina Stilben de Oliveira. No Rio de Janeiro, já oficial do Exército Brasileiro foi declarado aspirante da Arma de Artilharia na Academia Militar das Agulhas Negras em 1947. Formou-se também em educação física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1950 casou-se com Aida Fibiger de Oliveira, com quem teve um filho, Rui Guilherme Fibiger Teixeira de Oliveira.
Destacado em tudo que fazia, Jorge Teixeira de Oliveira foi paraquedista oficial do Estado-Maior do Exército, e tornou-se especialista em guerra na selva. Segundo Adelino Follador o coronel Teixeirão tinha muito orgulho da obra do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) da Amazônia, criado por ele, e também do Colégio Militar de Manaus (CMM), em que foi o primeiro comandante