"Ainda não sabemos se o Irão quer e está pronto para fazer o que for necessário para respeitar o acordo novamente", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, durante uma audiência parlamentar em Washington.
Validado pela resolução 2231ª do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o acordo nuclear internacional iraniano foi concluído entre a República Islâmica e o chamado grupo P5 + 1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), em Viena, em 2015.
O pacto oferece a Teerão alívio das sanções internacionais em troca de garantias de que o Irão não procura adquirir armas atómicas.
Contudo, com o abandono unilateral dos Estados Unidos, pelo ex-Presidente Donald Trump, em 2018, o acordo ficou fragilizado e os países que permanecem no pacto procuram o regresso de Washington e a recuperação dos pressupostos do pacto, em negociações em Viena, que duram há dois meses.
O sucessor de Trump, Joe Biden, disse que está preparado para regressar ao acordo se o Irão voltar às restrições nucleares.
As negociações devem ser retomadas no final desta semana, mas os Estados Unidos revelam ceticismo sobre as intenções de Teerão e o regime iraniano também mostra dúvidas sobre a posição de Washington.
"Ainda não está claro se eles (Biden e Blinken) estão prontos para terminar a fracassada política de 'pressão máxima' de Trump [...] e querem parar de usar o terrorismo económico como arma para conseguirem vantagens nas negociações", escreveu na conta da rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, para quem "é hora de mudar de rumo".
Zarif disse que o Irão cumpre o acordo nuclear e cita o artigo 36º desse texto, que permite que uma parte cesse a totalidade ou parte dos seus compromissos em caso de falha da outra parte.
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