Por DCI/MPRO
Publicada em 08/06/2021 às 09h00
O Ministério Público de Rondônia deu início nesta segunda-feira (07/06) à Capacitação on-line ‘Apadrinhando uma História e Família Acolhedora, alternativas para o acolhimento institucional de crianças e adolescentes’, voltada a profissionais da rede de proteção da infância de todo Estado.
O evento, que ocorre pela Plataforma Microsoft Teams, com encerramento previsto para a próxima quarta-feira (09/06), é uma realização Escola Superior do Ministério Público de Rondônia (ESMPRO), Promotoria de Justiça de Cacoal e Núcleo de Análises Técnicas do MPRO (NAT).
A capacitação foi aberta pela Promotora de Justiça de Cacoal, Luciana Ondei Rodrigues, que falou sobre a relevância das experiências familiares no desenvolvimento de crianças e adolescentes. “Pais são escultores ativos dos cérebros dos filhos”, disse, reproduzindo citação do médico neurocientista Daniel J.Siegel, no livro Parentalidade Consciente, e fazendo referência à funcionalidade dos programas, destinados a promover ao público atendido, que está institucionalizado, uma ambiência em família e comunidade.
Nesta segunda, a programação foi composta pela palestra da assistente social do Poder Judiciário, Emeriana Silva, que discorreu sobre o projeto ‘Apadrinhando uma História’, uma iniciativa que consiste no modelo de apadrinhamento, por famílias cadastradas, de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, cujos vínculos com as famílias de origem encontram-se total ou parcialmente rompidos.
Em sua participação, Emeriana Silva falou sobre o movimento de desinstitucionalização de crianças que vem suscitando mudanças ao redor do mundo, fazendo cessar a cultura de acolhimento em unidades ligadas a governos e organizações. A assistente social fez uma abordagem do conceito de apadrinhamento como modelo de proteção, apoio e suporte a crianças, apresentando resultados positivos do projeto.
Conforme explicou, o ‘Apadrinhando uma História’ é composto de três formas de participação: como padrinho afetivo, padrinho provedor ou padrinho prestador de serviços. Quem optar pelo apadrinhamento afetivo, deverá ter o afilhado como alguém da família, direcionando a ele carinho, amizade e atenção. Esse tipo de participação, de acordo com a palestrante, pressupõe preparo e capacitação das famílias por equipes do projeto.
A segunda modalidade de apadrinhamento é o provedor, formato segundo o qual, uma pessoa, mesmo que não tenha tempo ou interesse em contato direto com a instituição de acolhimento, poderá ajudar pagando um curso, tratamento ou auxiliando financeiramente uma criança ou adolescente. A terceira modalidade diz respeito ao prestador de serviço, em que a pessoa realiza atendimento voluntário nas instituições que acolhem essas crianças e adolescentes.
Sobre a composição do projeto, a assistente social explicou que a concepção da iniciativa em três modalidades ajudou na captação de interessados que nem sempre dispunham de disponibilidade para conviver com a criança. “Todas as modalidades vão contribuir para o desenvolvimento da criança durante o período institucional”, disse. Ainda na ocasião, a palestrante destacou a importância de se divulgar o projeto e promover o envolvimento da comunidade e dos órgãos municipais.
Capacitação - A capacitação realizada pelo Ministério Público tem como objetivo colaborar para o fortalecimento das equipes multidisciplinares que trabalham no sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes, no intuito de mostrar êxitos alcançados por experiências já consolidadas.
Conforme a programação do evento, nesta terça (08) e quarta (09/06), as psicólogas da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Landa Lemos e Vanuza Marchioli, falarão sobre o Programa Família Acolhedora. Atuam como mediadoras do curso as cientistas sociais do Núcleo de Análises Técnicas (NAT), Edna Fernandes e Luciana Silva Sá.
A capacitação também tem transmissão simultânea pelo canal institucional do MPRO no YouTube para participantes que não estiverem inscritos.