Por Notícia ao Minuto - Portugal
Publicada em 21/06/2021 às 16h07
O país, que conta com mais de 1,35 mil milhões de habitantes, administrou esta segunda-feira 8,2 milhões de doses de vacinas contra a doença covid-19, um número que representa o dobro dos valores alcançados até à data, de acordo com os mesmos dados.
"Os números recorde de vacinação de hoje são encorajadores. A vacina continua a ser a nossa arma mais poderosa para combater a covid-19 (...) muito bem Índia", afirmou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Cerca de cinco meses após o início da campanha nacional de vacinação, que arrancou em 16 de janeiro, a Índia contabiliza, até ao momento, mais de 283 milhões de doses administradas.
Dentro deste valor, 233 milhões de pessoas receberam uma dose da vacina, enquanto outras 50,5 milhões já têm o processo de imunização completo contra a doença covid-19.
A Índia, que tem mantido uma média diária de três milhões de doses administradas, tinha registado em abril passado um recorde de vacinação, quando inoculou, só num dia, 4,2 milhões de doses do fármaco.
O anúncio do novo recorde de vacinação coincide com uma nova medida governamental que permite que pessoas entre os 18 e os 45 anos de idade possam ter acesso gratuito à vacina contra a covid-19.
Até agora, só as pessoas com mais de 45 anos podiam receber a vacina de forma gratuita.
Os atuais números totais da vacinação ainda estão longe das metas traçadas pelas autoridades indianas, que apontavam ter em julho (seis meses após o início da campanha nacional) cerca de 300 milhões de pessoas imunizadas.
Este valor representaria a inoculação de um terço da população indiana com mais de 18 anos de idade, que segundo as estimativas oficiais rondam as 950 milhões de pessoas.
A Índia tem menos de um mês para tentar alcançar as metas governamentais, um plano que terá de envolver a administração de um total de 600 milhões de doses, ou seja, mais de 10 milhões de vacinas por dia.
A imunização completa da população no menor tempo possível é, tanto para o Governo central indiano como para os especialistas, a única saída viável para ultrapassar a atual crise sanitária associada ao coronavírus SARS-Cov-2.
Foi neste país que foi inicialmente detetada a chamada variante Delta, uma mutação do SARS-Cov-2 que é caracterizada como mais resistente e mais transmissível.
Depois de ter enfrentado uma segunda vaga avassaladora de novos contágios pelo novo coronavírus, que teve o seu pico em maio passado com o registo diário de mais de 400 mil casos e mais de 4.000 óbitos, a Índia tem vindo a verificar nos últimos dias uma tendência de redução dos casos de infeção.
O país registou 53.256 casos da doença covid-19 nas últimas 24 horas, o número mais baixo nos últimos 88 dias, além de 1.422 mortes, informou hoje o Ministério da Saúde indiano.
Em termos globais, o país continua a constar na lista dos mais afetados pela crise pandémica, com um total de 388.135 mortos e 29.935.221 casos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.868.393 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.