Por Giliane Perin/Secom
Publicada em 03/06/2021 às 10h19
Os produtores rondonienses não precisam mais enviar suas amostras de solo para análise em outros estados. Na terça-feira (1), foi inaugurado em Cacoal o Laboratório de Solos, Tecido Vegetal e Metais Pesados do campus do Instituto Federal de Rondônia (Ifro).
A nova estrutura surge para fortalecer ainda mais o desenvolvimento da cadeia produtiva do café. O ato de inauguração do laboratório contou com a presença do vice-governador de Rondônia, José Jodan. “Esse laboratório chega na hora certa para o Estado. Já está à disposição e vai atender nossos produtores por um preço simbólico, apenas para garantir a manutenção deste serviço. O melhor é que, a partir de agora, os produtores não precisam mais enviar as amostras para análise em outros estados”, explicou Jodan.
Para o vice-governador, Rondônia tem se destacado cada vez mais com parcerias como esta, para o fortalecimento do agronegócio. “Todo esse trabalho em prol da cadeia produtiva é fruto da união de várias instituições, de muita gente envolvida para garantir o melhor aos nossos produtores”.
Antes do Laboratório de Solos, Tecido Vegetal e Metais Pesados, a parceria do Governo de Rondônia garantiu ao campus, um Laboratório de Análise Física e Sensorial de Café. Em abril deste ano, o governador Marcos Rocha esteve na unidade do Ifro em Cacoal para a inauguração oficial desse Laboratório.
Por meio de um convênio, o Estado fez a aquisição de diversos equipamentos para garantir a rapidez na análise dos grãos, agregando maior qualidade na produção dos robustas amazônicos. Foi neste laboratório, inclusive, que foram analisados os cafés que disputaram a 5ª edição do Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia (Concafé), promovido pelo governo estadual.
Com a inauguração do Laboratório de Solos, Tecido Vegetal e Metais Pesados, parceria entre o Instituto Federal e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cacoal se torna uma referência para Rondônia e toda a região Norte, beneficiando cafeicultores e demais produtores que necessitam deste tipo de análise.
“O avanço do setor representa um trabalho muito grande, com vários atores que têm contribuído para fortalecer a cafeicultura rondoniense. E é isso que dá ânimo a todos nós, produtores rurais”, pontuou Juan Travain, produtor rural e presidente da Associação dos Cafeicultores da região Matas de Rondônia.
Recentemente, Travain foi um dos vencedores do 17º Concurso Nacional de Qualidade do Café, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele ganhou na categoria canéfora de preparo natural. “Quando percebemos essa atenção por parte de diversos agentes, nós queremos caminhar juntos e nos dedicar para fortalecer ainda mais o agronegócio. É um orgulho representar Rondônia e mostrar ao mundo um café de qualidade, produzido em meio às matas de Rondônia”, ressalta o cafeicultor.
Durante a inauguração, o analista de produtividade e inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Antônio Tafuri, destacou alguns pontos que levaram a agência decidir pela implantação do laboratório em Cacoal, entre eles a atuação da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater).
Cerimônia híbrida contou com a participação on-line de representantes da ABDI e outras autoridades
“O Estado tem uma estrutura técnica de extensionismo fantástica realizada pelo Poder Executivo, por meio da Emater. Além disso, conta com uma estrutura de beneficiamento, com produtores se destacando em concursos estaduais e nacionais pela qualidade do café cultivado. Conta ainda com todo o suporte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e também tem o Ifro, que tem uma estrutura diferenciada guiada por ótimas cabeças. Esses cinco fatores despertaram o olhar da ABDI para a cafeicultura rondoniense”, pontuou Tafuri.
“Temos a obrigação de contribuir com o desenvolvimento de Rondônia, qualificando profissionais e promovendo a pesquisa. Neste sentido, estas parcerias permitem ao Centro de Inovação Tecnológica do Café, no campus do Ifro em Cacoal, a oportunidade de qualificarmos profissionais nesta área, ao mesmo tempo que oferecemos um serviço de tamanha relevância para os produtores rurais, fortalecendo e estimulando a cadeia produtiva do café”, completou o reitor do Instituto, Uberlando Leite.