Por Folha do Sul
Publicada em 24/06/2021 às 17h01
No início da tarde desta quinta-feira, 24, o presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, Ronildo Macedo (PV), fechou o portão e manteve retido em sua casa um homem de 38 anos que, segundo ele, o havia procurado, dizendo-se representante do “cartório” e com um papel para que o parlamentar assinasse.
O documento, de acordo com o vereador, faria com que ele reconhecesse uma dívida de mais de R$ 15 mil, referente ao inventário da família de uma servidora pública com a qual ele manteve um relacionamento.
O cobrador, identificado apenas como “Anderson”, teria apresentado a papelada informando que se o débito não fosse quitado em 03 dias úteis, as contas bancárias de Macedo seriam bloqueadas pela justiça. O documento, assinado pela mãe da ex-companheira de Ronildo, tem o nome de um advogado, mas não a assinatura dele.
Segundo Macedo, essa chantagem dura mais de dois meses, e já foi apresentada a ele a proposta de nomear uma pessoa em cargo de confiança na Câmara em troca da quitação do valor, o que ele não aceitou.
Com isso, o próprio vereador e o cobrador foram parar na Delegacia de Polícia. Ronildo registrou queixa contra o acusado, denunciando-o por falsidade ideológica e tentativa de extorsão, entre outros crimes.
Ao comentar o caso, Macedo disparou: “em meus dois mandatos, nunca tive medo de tomar decisões que contrariaram algumas pessoas. Imagine se vou me assustar com picareta fazendo chantagem”.