Por ass- Sinjur
Publicada em 26/07/2021 às 15h22
Visando imortalizar a memória do oficial de justiça Rômulo Pessoa e elevar o trabalho que realizou no Poder Judiciário de Rondônia, por indicação do SINJUR, foi inaugurada no último dia 23, no prédio do Fórum Cível, Des. César Montenegro, a sala dos oficiais de justiça que, doravante, terá seu nome em placa afixada na porta, como homenagem póstuma.
Rômulo trabalhou por 12 anos no PJ/RO e faleceu recentemente de complicações decorrentes da covid-19, deixando um enorme legado de honradez luta e glória.
O descerramento da placa de homenagem contou com a presença do juiz Rinaldo Forte, representando o presidente Paulo Kiyochi Mori, do Diretor do Fórum, juiz Ilisir Bueno, da esposa do homenageado, Lorena Pessoa, da presidente do Sinjur Gislaine Caldeira, do diretor financeiro do sindicato Rafael Ricci, além de convidados e serventuários da justiça.
Em discurso que emocionou a todos, a dirigente do Sinjur, Gislaine Caldeira, destacou os atributos de Rômulo e ao se dirigir a viúva do homenageado assim se expressou:
“A morte prematura de seu marido deixou-nos um vazio horrível e a forma que temos de lembrá-lo para sempre, é homenageando a imortalidade de sua memória, emprestando seu honrado nome a esta sala que foi frequentada por ele e, hoje, é o “porto seguro” de seus colegas oficiais de justiça”.
Ao fazer uso da palavra o juiz Rinaldo Forte enfatizou o trabalho árduo e profícuo de Rômulo dizendo:
Nos quase doze anos de serviços prestados ao Poder Judiciário do Estado de Rondônia, Rômulo exerceu seu “múnus” com dedicação e zelo e foi um servidor exemplar, dignificando o cargo de oficial de justiça e honrando seus pares.
Antes de partir e deixar no coração dos seus a dor da saudade, foi alegria e vida no coração de seus pais, esposa, amigos e parentes.
Contribuiu e somou em tudo que fez compartilhando conhecimento, sabedoria e amizade.
“Que seus exemplos sejam seguidos e sua memória seja honrada”.
No decorrer da homenagem também usou da palavra oficial de justiça Leonardo Correa do Nascimento, representando seus colegas e assim destacou:
“Agradeço a presidente do SINJUR pela indicação do colega Rômulo, por tudo que fez, representou e representa para os oficiais de justiça.
Poucas vezes conheci alguém unânime. Quando necessário, era o primeiro a socorrer os colegas em apuros. Nas ruas ou nas linhas do papel, tinha o dom de ajudar a todos sempre. “Era um incentivador de fazer bem feito”, concluiu.
Acompanhe o discurso da presidente Gislaine Caldeira em homenagem póstuma a Rômulo Pessoa no final da matéria.
DISCURSO DA PRESIDENTE DO SINJUR
Excelentíssimo Senhor Juiz Rinaldo Forte,
Minhas Senhoras,
Meus Senhores,
A existência terrena nos reserva parcerias com seres humanos que, em face do cultivo da amizade construída e no testemunho da constância da grandeza de seus atos, nos deixam a impressão de que o destino lhes concede pouco tempo para viver conosco e os leva, mas, por outro lado, os transformam em entes eternos. Assim foi o amigo Rômulo em vida.
Sua morte prematura deixou-nos um vazio horrível e a forma que temos de lembrá-lo para sempre, é homenageando a imortalidade de sua memória, emprestando seu honrado nome a esta sala que foi frequentada por ele e hoje é o “porto seguro” de seus colegas oficiais de justiça.
A perda, sem dúvida, é irreparável para todos nós, e, neste caso em particular, para sua querida esposa Lorena, que já se manifestou sobre ele como sendo um marido extremoso e um companheiro de sonhos.
Este sentimento instável e contraditório que nos cerca agora, de dor pela sua passagem, e de alegria pela homenagem aqui prestada, se traduz indubitavelmente na imortalidade de seu nome neste espaço em que pisou, e que tão corajosamente soube viver.
A escalada terrena é assim: Muitos vivem, mas poucos encantam a vida, e este é o caso do Rômulo, um jovem rondoniense que no trabalho diário na função de Oficial de Justiça, soube angariar respeito, entregando-se a uma das mais sensíveis tarefas do Judiciário de uma forma correta e respeitosa. Viveu e encantou a vida.
Aos colegas sempre pregava o respeito pelo “citado”, porque sabia do impacto que causa o braço forte da justiça.
Por isso, jamais se jactou de ter cumprido uma tarefa, mesmo que às vezes, fosse realizada com dificuldade.
Em 12 anos de carreira entendeu que a força- motriz de um funcionário público é o eterno servir, por isso desempenhou sua função com galhardia e deixou exemplos.
Embora exercendo uma função intermediária como oficial de justiça nos meandros do judiciário de Rondônia, sentia-se realizado quando obtinha sucesso nas citações porque adorava o trabalho correto e o temperamento necessário na entrega plena da justiça aos seus jurisdicionados.
Mas a Covid-19, sórdida, implacável, medonha, ceifou sua vida em pleno vigor, triturou seus sonhos, afligiu a alma dos amigos e familiares, deixando um vácuo forte de saudade e uma dor doida no coração.
Amigo Rômulo, para sempre sua presença já ficou registrada em nossos corações, mas a imortalidade de sua memória fica aqui e agora cravada nesta sala e permanecerá para sempre.
Saiba Lorena, que as homenagens que estamos prestando ao seu marido, singularizam-se como uma forma de dizer:
Rômulo muito obrigado.
Seu espírito de luz, sabemos, está sob a guarda do Criador e, agora, a proteção que emanas de onde estás, purificará sempre esta sala, seu respeito e sua fé construídos com todos os que privaram de sua amizade.
Pessoas assim como você, Rômulo, escreveram um livro para ser lido pelos seus amigos e familiares, porque assim caminha a humanidade.
Colho o ensejo para agradecer Sua Excelência o desembargador Paulo Kyiochi Mori pela gentil acolhida de nossa indicação.
Abraço a família e os amigos pela dor dilacerante da perda.
Que você descanse em paz nobre colega.
Fica nesta singela homenagem o preito da nossa gratidão. Foi honrosa sua passagem por aqui.
Muito obrigado.