Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 15/07/2021 às 15h04
Suplência – A real possibilidade de o senador Marcos Rogério, presidente do DEM em Rondônia assumir um ministério no governo Jair Bolsonaro (Sem Partido) poderá abrir um espaço político significativo no Estado, porque provavelmente, ele irá concorrer a governador nas eleições gerais de outubro do próximo ano, como se comenta e cumprirá compromisso com o 1º suplente, Samuel Araújo, que será senador de fato e direito. Sendo ministro, Rogério terá que se afastar do cargo e, como o mandato presidencial só terminará em dezembro de 2022, Samuel cumprirá sua “quarentena” com folga e, além de ficar com o nome gravado na história política também terá as regalias que o cargo de senador oferece, às expensas da população pelo resto da vida e também a seus familiares. Se Rogério se eleger, Samuel terá mais 4 anos de mandato.
Mulheres – A participação mínima da mulher na política é um dos problemas em Rondônia. Não temos nenhuma senadora e somente duas mulheres das vinte e quatro vagas na Assembleia Legislativa (Ale). A situação é menos traumática na Câmara Federal, onde estão Jaqueline Cassol, presidente do PP no Estado; Mariana Carvalho, presidente regional do PSDB e Sílvia Cristina do PDT, entre os oito federais eleitos em 2018. Jaqueline deverá tentar a única das três vagas ao Senado, que estarão em disputa nas eleições gerais de outubro do próximo ano. Se o irmão Ivo Cassol, (dois mandatos de governador e um de senador) conseguir elegibilidade para concorrer novamente ao governo do Estado em 2022, Jaqueline terá mais chances de conseguir a vaga, hoje ocupada por Acir Gurgacz, que preside o PDT no Estado e também tem problemas com a justiça e não deverá disputar à reeleição.
Mulheres II – Mariana Carvalho também pretende subir mais um degrau na política e provavelmente concorrerá ao Senado. Não há dúvida, que numa situação de Mariana e Jaqueline concorrendo ao Senado teremos uma “briga” boa pelo importante cargo. Mariana tem problemas internos com o ex-senador Expedito Júnior, figura expressiva dos tucanos no Estado, que tem como objetivo voltar ao Senado, inclusive com possibilidades reais de deixar o partido, porque teve atrito recentemente em reunião do PSDB com o irmão de Mariana, o vice-prefeito de Porto Velho, Maurício Carvalho e poderá deixar a sigla. O não apoio à candidatura do prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) a governador, seria um dos motivos da discussão dentro do ninho tucano. A maior expectativa à Câmara Federal é sobre a possibilidade da reeleição de Sílvia Cristina. O PDT tem uma boa estrutura no Estado, mas caso não tenha candidatos fortes ao Governo e Senado, Sílvia terá dificuldades para se reeleger.
Mulheres III –Mas as mulheres têm ao menos dois nomes em condições de se eleger ao parlamento federal, ambas primeiras damas e iniciantes na política. Uma delas a esposa do governador Marcos Rocha (Sem Partido), Luana Rocha, secretária de Ação Social do Estado, e a primeira dama de Porto Velho, Yeda Chaves. Pela estrutura que terá no Estado e apoio da maioria dos deputados, que estão “fechados” com Marcos Rocha, Luana, a princípio terá menos dificuldades caso seja candidata, mas Yeda é muito querida pela população mais simples da capital. Ela não ocupa secretaria, nem outro cargo público, mas realiza um trabalho social da maior importância junto às famílias carentes. Ambas têm muitas chances de se elegerem em 2022.
Rogério/Júnior – No caso de Expedito Júnior deixar o PSDB, porque tem como objetivo concorrer ao Senado, também o desejo de Mariana, não há dúvida, que ele deixará o PSDB e já teria opções para a futura candidatura. Uma delas o PSD, presidido no Estado pelo deputado federal Expedito Netto, filho do ex-senador. A outra é para se filiar ao DEM, de Marcos Rogério, para uma possível dobradinha Governo/Senado em 2022. Uma parceria entre Júnior e Rogério não está descartada mesmo com a possibilidade de o senador assumir um ministério. Após as convenções Rogério deixaria o cargo no governo federal, podendo até manter o afastamento no Senado e concorrer ao governo. Se vitorioso, renunciaria e o suplente Samuel Araújo ficaria efetivado no cargo. E uma parceria Júnior ao Senado e Rogério ao governo teria muitas chances de sucesso. Quem viver verá...
Respigo
Acabou a “novela” na Assembleia Legislativa e o ex-deputado estadual, Ribamar Araújo (PR-PVH) assumirá o cargo de Aélcio da TV (PP-PVH), após recontagem de votos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Aélcio foi cassado por “abuso no uso dos meios de comunicação” +++ O suplente Jean Mendonça (Podemos-Pimenta Bueno) também tinha requerido a vaga, o que levou à recontagem dos votos que acabou sacramentando Ribamar para assumir o cargo. Há outros casos com possibilidades de cassação de deputados na Ale-RO, mas não idênticos ao de Aélcio +++ Quando as implicações envolvem o setor eleitoral é difícil escapar da cassação. Aélcio não comprou votos, mas teria extrapolado na propaganda eleitoral +++ Como teremos eleições no próximo ano é da maior importância que os candidatos cuidem dos excessos com publicidade, troca de favores e outras ações que levam a denúncias e posterior cassação. E as implicações começam em janeiro, porque 2022 é ano eleitoral +++ Será necessário cuidar até do noticiário, que pode levar o candidato ao crime de propaganda eleitoral antecipada. Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...