Por Deutsche Welle
Publicada em 13/07/2021 às 16h20
Chanceler faz apelo para que alemães se vacinem e destaca a responsabilidade social da imunização. "Ninguém se protege por si só. Quanto mais pessoas forem vacinadas, mais livres poderemos viver de novo", ressalta.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, fez nesta terça-feira (13/07) um apelo para que os alemães não deixem de se vacinar contra a covid-19, em meio a temores em torno de nova onda de infecções devido à variante delta, que se tornou dominante na Alemanha.
Merkel destacou a responsabilidade social da imunização, afirmando que "ninguém está protegido para si só", mas também pelos outros. "A vacina não só protege você, mas também alguém que está perto de você, que é importante para você e que você ama", sublinhou. "Quanto mais pessoas forem vacinadas, mais livres estaremos novamente, mais livres poderemos viver de novo."
Ela ressaltou que, para evitar uma nova alta de casos de coronavírus relacionados à variante delta, mais contagiosa, é necessário que 85% da população entre 12 e 59 anos esteja vacinada, assim como 90% dos que têm mais de 90 anos. "E ainda estamos muito distantes dessas taxas", disse a chefe de governo, durante visita à sede em Berlim do Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental alemã para o controle e prevenção de doenças infecciosas. A chanceler alertou que sem cotas bem mais altas de imunização, pode haver um novo aumento de contágios.
A líder alemã, entretanto, descartou a introdução da obrigatoriedade da vacina para profissionais de saúde, como ocorre na França, afirmando haver potencial na população para que a confiança nos imunizantes seja obtida através de campanhas de conscientização.
Mais de 58% da população na Alemanha atualmente já tomou pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus, enquanto cerca de 43% possuem proteção completa, para a qual são necessárias duas doses na maioria dos inoculantes. O número de vacinações diminuiu ultimamente no país.
Obrigatoriedade
Nesta segunda-feira, a França deu um prazo aos profissionais de saúde até 15 de setembro para se vacinarem totalmente ou ficarem sujeitos a medidas punitivas, como suspensão não remunerada.
A Grécia também anunciou na segunda-feira a imunização obrigatória para profissionais de saúde, que têm até 1º de setembro para receber a vacina. A Itália impôs obrigatoriedade semelhante em maio.
Na terça-feira, os hospitais belgas publicaram uma carta aberta pedindo vacinações obrigatórias nos hospitais e unidades de saúde do país.