Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 24/07/2021 às 09h30
Nas eleições gerais de outubro do próximo ano, quando serão eleitos presidente da República, governadores, uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, deputados (federal e estadual), a disputa por cargos à Câmara Federal promete ser dos mais acirradas em Rondônia. O Estado tem oito representantes na Câmara Federal e nem todos concorrerão à reeleição, mas disputarão outros cargos e dos cinco que querem a reeleição, dois não terão missão das mais fáceis.
O coronel Chrisóstomo de Moura (PSB), que se elegeu com pouco mais de 28 mil votos nas eleições de 2018, Lúcio Mosquini (38.630 votos), que preside o MDB no Estado; Sílvia Cristina, do PDT (33.038 votos); Mauro Nazif (30.399 votos), presidente do PSB em Rondônia e o presidente regional do PSD, Expedito Netto deverão buscar mais um mandato nas eleições de 2022. Mosquini, Netto e Nazif não deverão ter dificuldades, mas Chrisóstomo e Sílvia Cristina, sim.
O federal mais bem votado em Rondônia em 2018, Léo Moraes (69.565 votos) tem outros planos para o futuro e não a reeleição. Ele formata há tempos uma candidatura ao governo do Estado e tem chances, pois o partido que ele preside em Rondônia, o Podemos está bem organizado e em condições de levá-lo ao sucesso. Se optar pelo Senado, terá dificuldades, mas para a reeleição, não.
Jaqueline Cassol, presidente do PP no Estado articula uma candidatura ao Senado. Seu irmão, o ex-governador de Rondônia, Ivo Cassol é candidato a governador, tem problemas com a Justiça, mas garante, que estará elegível até as eleições do próximo ano. Em caso positivo uma dobradinha com o irmão amplia as chances de Jaqueline conseguir a única das três vagas ao Senado, hoje ocupada por Acir Gurgacz, presidente regional do PDT, que não deverá concorrer à reeleição, pois está com os direitos políticos suspensos. Se Jaqueline optar pela reeleição, não deverá ter problemas.
A presidente regional do PSDB, Mariana Carvalho estaria disposta a concorrer ao Senado. O problema é que um dos maiores líderes dos tucanos em Rondônia, o ex-senador Expedito Júnior também é candidato ao Senado. Júnior é experiente, político bem identificado com a maioria do eleitorado de Rondônia e bom de voto. Caso Mariana resolva concorrer ao Senado, Júnior deverá tirar o time de campo, deixar o PSDB, se filiar ao PSD, que o seu filho, Netto, preside no Estado e garantir sua candidatura. Com Júnior concorrendo ao Senado, dificilmente Mariana se elegeria, mas caso ela opte pela reeleição não terá muitas dificuldades, porque tem duas coisas fundamentais numa eleição à Câmara Federal: recursos financeiros e organização.
Das oito vagas de Rondônia à Câmara Federal, Mosquini, Netto e Nazif não teriam muitas dificuldades para se reelegerem. O mesmo caso seria para Léo, Jaqueline e Mariana, todos com enorme poderio de voto, mas Sílvia Cristina e Chrisóstomo terão problemas.
Em busca das vagas à Câmara Federal temos inúmeros novos nomes em condições de “brigar” por elas, porque também são bons de votos. Mas é assunto para a Opinião do próximo sábado (31), para fechar o mês de julho comentando a disputa ferrenha que será pelas vagas ao parlamento federal.