Por Rondoniadinamica
Publicada em 05/07/2021 às 11h36
Porto Velho, RO – Circula em redes sociais e no WhatsApp áudio relacionado ao ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste, Vagno Panisoly, onde ele acusa diretamente os vereadores do município de serem corruptos, e, ainda, indiretamente o seu sucessor.
“Tentei mesmo conversar com os vereadores. Tem alguns que nem atenderam meu telefonema. Não atenderam pra eu [poder] marcar uma conversa com eles. Os outros jogaram a culpa em cima uns dos outros. Mas dois vereadores, de fato, me disseram assim: ‘olha, Vagno, ‘vai ser muito difícil nós votarmos a favor da sua prestação de contas, porque o prefeito comprou nós nove’”, destacou.
OUÇA O ÁUDIO EM QUE PANISOLY CHAMA OS VEREADORES DE CORRUPTOS:
O atual prefeito é o ex-deputado estadual Alex Testoni, do DEM, que desbancou seu antecessor ora acusador indireto em 2020.
“Estão todos acuados”. Segundo o próprio Vagno Panisoly ele teria dito a um desses supostos edis o seguinte:
“Olha, vereador, o senhor me desculpa falar, mas não tem como não falar, essa é a Câmara mais corrupta que Ouro Preto já teve. Claro que não acredito, né? Deve haver pessoas coerentes assim que não tenham fechado com o “homem” também”.
O homem, no caso, seria Testoni.
A movimentação do ex-administrador tem razão de existir.
Em outubro de 2020, o Tribunal de Contas (TCE/RO) emitiu parecer prévio desfavorável às contas públicas de Ouro Preto no exercício de 2018, quando a administração estava sob incumbência de Panisoly.
Entre outros pontos, foi considerado pelos conselheiros que “a Gestão Fiscal do Poder Executivo do Município de Ouro Preto do Oeste, relativa ao exercício de 2018, de responsabilidade de Vagno Gonçalves Barros, Prefeito Municipal, não atende aos pressupostos fixados na Lei Complementar Federal n. 101/2000 [Lei de Responsabilidade Fiscal]”.
Isto em razão de, segundo eles, ter havido a detecção de “ desequilíbrio das contas decorrente do déficit financeiro, no montante de R$ 1.798.786,00, apurado mediante a verificação de disponibilidade financeira por fonte de recursos”.
Com isso, a Corte instruiu à ocasião pela não-aprovação daquelas contas, e, caso a Câmara Municipal de Ouro Preto acate a deliberação técnica, um dos efeitos da reprovação é justamente a inelegibilidade, a despeito de não ser automática, segundo decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
CONFIRA A DECISÃO DO TCE/RO: