Por Jaqueline Damaceno/Secom
Publicada em 07/07/2021 às 12h56
A superpopulação do pirarucu nos rios do Vale do Guaporé, em Costa Marques e região, trouxe a Rondônia, no início de mês de julho, a equipe técnica do Ministério da Pecuária, Abastecimento e Agricultura (Mapa). O encontro foi promovido pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), com a finalidade de elaborar um plano emergencial de erradicação dos pirarucus invasores.
Considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu pode chegar a três metros e 200 quilos. O pescado devora pequenos peixes e outras espécies aquáticas, o que pode afetar o equilíbrio da ictiofauna, causando prejuízo na biodiversdidade da região.
A Sedam e a Secretaria de Aquicultura e Pesca (Sap), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pretendem monitorar os tipos de peixes invasores no Estado. Segundo o secretário da Sedam, Marcílio Leite, é preciso manter ações de fiscalização e orientação junto aos pescadores, sobre os riscos de espécies invasoras nos rios.
Sedam debate normas técnicas para combater espécies invasores nos rios do Vale do Guaporé
“O governador Marcos Rocha, recebeu apelos dos pescadores de Costa Marques e região para que pudesse ajudar a categoria quanto aos graves problemas causados pelo peixe invasor e, neste sentido, encaminhou o pleito para a Sedam. Agora temos a missão de debater e, consequentemente, viabilizar a criação de normas técnicas para que os profissionais da pesca possam capturar o pirarucu até mesmo na época do defeso e, desta forma, minimizar os impactos causados pelo peixe”, destacou Marcilio Leite.
Na ocasião o coordenador-geral da Sap, Rivetla Édipo Cruz e a bióloga Suelen Brasil, explanaram sobre a legislação federal de pesca do pirarucu, com tratativas de um possível plano emergencial de erradicação. “Algumas legislações preveem que o período de defeso em algumas regiões pode ser continuado para a pesca de espécies que não são nativos daquela bacia, no intuito de evitar o aumento da população invasora. Por isso é necessário regularizar as normas técnicas que auxiliará na reestruturação do sistema aquático e adotá-las com urgência nos rios do Vale do Guaporé”.
O pescador profissional, João Anselmo Mile, do município de Pimenteiras, afirmou que a reunião foi importante para tratar da Lei Orgânica da pesca no Estado, pois precisava ser debatida, haja vista que foi criada em 2007 e imposta até 2011, além da questão da superpopulação de piranha nos rios Cabixi e São Miguel do Guaporé e que estão causando transtorno aos pescadores.