Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 28/07/2021 às 15h01
Rodovia – A BR 364, mais conhecida como “Corredor da Morte”, devido aos inúmeros acidentes que ocorrem com regularidade na principal rodovia federal no Estado, ainda, não tem a devida preocupação das bancadas federais de Rondônia e Acre, pois a BR interliga a região com o Centro-Oeste do País. Estamos no período final do Verão Amazônico, quando durante cerca de seis meses as chuvas são esparsas na região, época que o Dnit deveria proceder a recuperação do pavimento que fica deteriorado durante o Inverno Amazônico (chuvas). A média de circulação de veículos pesados (carreta, bitrem e treminhão) no período de safra de grãos (soja e milho) do Mato Grosso e de Rondônia é de 2,5 mil/dia. Como a 364 foi construída na década de 80, o alicerce não suporta o volume de veículos e o peso, três ou quatro vezes maior que no passado.
Acidentes – Nas últimas semanas aumentarem de forma considerável o volume de acidentes, muitos com óbitos no trecho da 364 entre Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso, com cerca de 700 km. É que os veículos pesados estão transportando a safra de milho (Rondônia e Mato Grosso) para o porto graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira e somente esta semana três carretas tombaram na pista. Os acidentes aumentaram, em grande parte devido aos motoristas de veículos pesados, que trafegam sonolentos, alguns utilizando “rebites” durante à noite e, quando o dia amanhece o sol escaldante de Rondônia, com temperatura sempre acima de 30 graus provoca o sono e eles dormem ao volante. A BR precisa de restauração completa, pois o alicerce é antiquado e não tem suporte para a demanda dos atuais veículos de transporte de carga. O tapa-buracos é um paliativo anual que só “estufam” os bolsos dos donos das grandes empreiteiras. É preciso restaurar, sinalizar, fiscalizar mais e melhor. As bancadas federais de Rondônia e do Acre devem acordar para a realidade.
Queimadas – É revoltante a incompetência dos órgãos fiscalizadores de queimadas em Rondônia. E não são da floresta amazônica, como querem pregar os “ecologistas da selva de pedra”, sem ter conhecimento de a realidade da situação. O fogo na floresta, existe sim, mas por conivência, incompetência e irresponsabilidade de quem deveria fiscalizar, orientar, multar, e prender se for o caso, mas não é isso o que ocorre. As derrubadas e posterior queimadas ocorrem, porque há corrupção. A fumaça nos Céus de Rondônia, não tem nada a ver com o título do lindo hino do Estado, mas sim com os predadores permanentes, que é uma boa parte de pecuaristas e de agricultores, que não tratam a terra como deveria. Na época da seca, antes do plantio de soja e milho e período para recuperar o pasto tocam fogo, que é muito mais rápido e barato para o bolso, mas não para a saúde da população e o meio ambiente.
Tecnologia – Hoje é possível fiscalizar queimadas com a utilização de drones, satélites e pessoal qualificado. Gasta-se tanto dinheiro público sem um mínimo de critério, como na CPI do covid-19 no Congresso Nacional e o “Fundão” superior a R$ 5 bilhões, somente para as eleições do próximo ano, para bancar campanha eleitoral dos candidatos. O meio ambiente é somente “um detalhe”. É fundamental priorizar a fiscalização e a orientação permanentes da floresta amazônica, pois o meio ambiente é um problema tanto no campo como na cidade. Com ações preventivas certamente se reduziria os gastos com a saúde pública, porque a população teria um clima saudável e não com a fumaça tomando conta dos Céus de Rondônia como tem ocorrido nas últimas semanas, inclusive na cidade, como em Porto Velho. É o fim da rosca...
Respigo
No Sul do País, como se previa, a quarta-feira (28) amanheceu fria. Em Joinville (SC) os termômetros registraram na manhã de hoje 5 graus +++ No serviço público a praticidade é ignorada e a burocracia (ou burrocracia) predomina. Uma pessoa foi até o Posto de Saúde (PS) da Avenida Tiradentes em Porto Velho, na manhã de hoje (28), para se vacinar contra a gripe (influenza) e não levou o Cartão do SUS +++ Apesar de estar com carteira de vacinação, inclusive ele foi vacinado no mesmo local em 2020, não pode ser atendido, porque não tinha o cartão. Nesses momentos faltam coerência e competência, além de boa vontade de quem atende +++ Para registrar a vacinação é necessário abrir o computador. Seria muito difícil, ou impossível até, buscar os dados utilizando o CPF ou o nome da pessoa a ser vacinada? +++ O cidadão poderia ser atendido sem nenhuma dificuldade ou esforço extra, mas terá que voltar amanhã ou outro dia para a vacinação, porque tinha que ir ao trabalho e enfrentar o trecho à pé, da mesma maneira que chegou ao PS. É por essa e outras razões, que o povo, que é o Patrão, reclama do atendimento de boa parte do servidor público, que não justifica o salário que ganha e dos “chefes”, que não orientam para priorizar o atendimento, porque é um órgão de saúde pública e não um parque de diversões, um local de divertimento, mas de cura, de prevenção à doenças.