Por ALE-RO
Publicada em 25/08/2021 às 09h20
Após se unirem com representantes de sindicatos de diversas categorias do serviço público de Rondônia, os deputados estaduais acolheram o pedido para a criação de um grupo de trabalho que vai acompanhar as discussões e sugerir propostas para a reforma da previdência. A matéria foi retirada da Casa pelo Executivo, que é o autor da mesma, e um novo projeto é aguardado.
O encontro ocorreu na manhã desta terça-feira (24), no auditório da Assembleia Legislativa, com as presenças do presidente da Casa, Alex Redano (Republicanos) e dos deputados Cirone Deiró, Adelino Follador (DEM), Lazinho da Fetagro (PT), Dr Neidson (PMN), Jair Montes (Avante), Anderson Pereira (Pros), Ezequiel Neiva (PTB) e Luizinho Goebel (PV).
"A presidência e toda a Casa está à disposição dos sindicatos e dos servidores, para ouvir e discutir essa matéria, que não está mais na Casa, mas deverá ser reencaminhada em breve. A minha opinião é de que devemos encontrar um meio-termo, para que não haja prejuízos e que possamos avançar", destacou Redano.
O deputado Adelino pontuou que "é importante ouvir a todos os envolvidos e a melhor proposta deve ser votada. com o mínimo de impacto na vida dos servidores".
Líder do Governo na Casa, Goebel frisou que "temos os dois lados da moeda: é fundamental discutir e buscar o caminho que seja possível, debatendo com responsabilidade".
O deputado Lazinho ressaltou que "é essencial esse diálogo e a abertura de espaço para a contribuição dos sindicatos. Meu voto vai levar em conta os encaminhamentos acordados e o equilíbrio".
O deputado Jair Montes observou que não se pode deixar de apontar para gestões irresponsáveis do Iperon, que também contribuíram para o agravamento da crise previdenciária, impondo hoje medidas mais amargas. "Vivemos um momento econômico crítico no país, mas os servidores podem contar comigo que vou sempre me posicionar em busca do equilíbrio", assegurou.
Já Cirone Deiró, que havia se reunido na segunda (23) com os sindicalistas, reafirmou que "a vida de dedicação e de trabalho dos servidores pelo Estado deve ser respeitada. Mas, tem que se levar em conta a necessidade de ajustes e de equilíbrio nas contas previdenciárias".
Sindicatos
A presidente do Sinsaúde, Cléia Campos, agradeceu aos deputados por receber os sindicatos e pediu que a situação do servidor seja levada em conta. "Um projeto dessa natureza não pode ser aprovado a toque de caixa, sem ouvir os sindicatos, e jogar no colo dos servidores esse problema, pois não fomos nós que afundamos o Iperon".
A presidente do Sintero, Lionilda Simão, foi incisiva: "a nossa categoria não aceita a retirada de direitos. Não podemos trabalhar a vida inteira e na hora da aposentadoria, termos dificuldades. Por isso, queremos a criação desse grupo de trabalho, para que possamos contribuir com as discussões".
A presidente do Sinjur, Gislaine Caldeira, declarou que "queremos ser ouvidos e não podemos aceitar que os servidores sejam penalizados. Sabemos que existe um problema, mas queremos fazer apontamentos. Temos um trabalho em conjunto entre todos os sindicatos e vamos mostrar nossos questionamentos no grupo de trabalho".
O grupo de trabalho será criado com a participação de representantes dos poderes e instituições, além de sindicatos, em formato e atuação a serem definidos.