Por ANSA
Publicada em 18/08/2021 às 15h14
Um navio humanitário com 166 pessoas a bordo atracou nesta quarta-feira (18) no porto de Augusta, na Sicília, sul da Itália.
Os migrantes haviam sido resgatados no Mar Mediterrâneo em uma missão da ONG ResQ iniciada em 7 de agosto. Entre as pessoas socorridas estão dezenas de mulheres e menores de idade.
O governo da Itália autorizou a entrada do navio humanitário em Augusta após um apelo da ativista Cecilia Strada, integrante da missão e filha do médico e fundador da ONG Emergency, Gino Strada, falecido no último dia 13 de agosto, enquanto ela estava em alto mar.
"Mas por que nos comovemos com as vítimas apenas enquanto elas estão longe - ou já mortas -, mas quando estão a 15 milhas da costa e ainda vivas as deixamos à sua sorte?", questionou Cecilia no Twitter na última terça-feira (17).
Enquanto isso, o navio Geo Barents, de Médicos Sem Fronteiras (MSF), ainda aguarda para atracar em um porto seguro com 322 pessoas salvas no Mediterrâneo.
"Esperamos que ele tenha em breve um porto seguro. Salvar as vidas de quem foge de um país onde sofrem abusos e violências deve ser a prioridade de todos", disse no Twitter Flavio Di Giacomo, porta-voz do escritório de coordenação para o Mediterrâneo da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o Ministério do Interior, a Itália já acolheu 34.868 deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2021, crescimento de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. Os cinco principais países de origem são Tunísia (9.252), Bangladesh (4.786), Egito (2.809), Costa do Marfim (2.339) e Guiné (1.538).