Por Rondoniadinamica
Publicada em 12/08/2021 às 10h35
Porto Velho, RO – O senador de Rondônia Marcos Rogério, do DEM, alcançou um novo nível de lealdade ao presidente da República Jair Bolsonaro, sem partido, ao sugerir que não recai sobre o mandatário do Planalto qualquer responsabilidade por indicar medicamentos de eficácia não-comprovada contra o Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2). No caso, Rogério refere-se especificamente ao fármaco Ivermectina.
A atribuição de responsabilidade a Bolsonaro é argumento entoado pela oposição na CPI da COVID-19.
O congressista rondoniense resolveu, então, jogar a culpa no povo brasileiro, que, segundo ele, detém a “prática comum” de se automedicar.
A justificativa do membro do Senado Federal ocorreu, segundo sua própria assessoria de Imprensa, na última quarta-feira (11) durante a oitiva de Jailton Batista, “diretor-superintendente da Vitamedic [...]”.
Na visão do demista, “membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid tentam, a todo custo, responsabilizar o presidente da República [por] a (sic) incitar a automedicação contra a Covid quando, na verdade, essa é uma prática comum no Brasil desde antes da pandemia”.
Para convalidar a explicação, Marcos Rogério citou pesquisa Durante do Conselho Federal de Farmácia, realizada pelo Datafolha, em 2019, “antes da pandemia”.
O estudo, de acordo com ele, mostrou que a automedicação é um hábito entre os brasileiros.
O texto assinado pela sua assessoria assevera também que segundo os dados colhidos, “77% dos entrevistados assumiram fazer uso de automedicação, 47% disseram se automedicar pelo menos uma vez ao mês e 25% afirmaram fazer uso, todo dia ou uma vez por semana, da automedicação”.
Após “morder”, “assoprou”:
“Não estou dizendo que isso é certo. Sou contra a automedicação, não acho adequado, mas essa CPI quer, a todo custo, criar narrativas para responsabilizar o presidente da República, sendo que a prática era uma realidade no país, mesmo antes da pandemia. Não é um fenômeno decorrente da crise sanitária causada pela Covid”, destacou.
VEJA O RELEASE NA ÍNTEGRA ONDE MARCOS ROGÉRIO CULPA OS BRASILEIROS POR AUTOMEDICAÇÃO:
Marcos Rogério apresenta dados sobre automedicação no Brasil e derruba tese da oposição sobre uso da ivermectina
O vice-líder do Governo no Congresso, senador Marcos Rogério (DEM-RO), disse, nesta quarta-feira (11.8), durante a oitiva de Jailton Batista, diretor-superintendente da Vitamedic, que membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid tentam, a todo custo, responsabilizar o presidente da República a incitar a automedicação contra a Covid quando, na verdade, essa é uma prática comum no Brasil desde antes da Pandemia.
Durante sua fala, Marcos Rogério citou pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, realizada pelo Datafolha, em 2019, - portanto, antes da pandemia -, que mostrou que a automedicação é um hábito entre os brasileiros. Segundo o estudo, 77% dos entrevistados assumiram fazer uso de automedicação, 47% disseram se automedicar pelo menos uma vez ao mês e 25% afirmaram fazer uso, todo dia ou uma vez por semana, da automedicação. “Não estou dizendo que isso é certo. Sou contra a automedicação, não acho adequado, mas essa CPI quer, a todo custo, criar narrativas para responsabilizar o presidente da República, sendo que a prática era uma realidade no país, mesmo antes da pandemia. Não é um fenômeno decorrente da crise sanitária causada pela Covid”, destacou.
Marcos Rogério criticou ainda a tentativa da oposição de criminalizar, inclusive, a autonomia da classe médica de poder prescrever o que acha melhor para seu paciente. Ele lembrou que muitos medicamentos, cuja bula não consta tratar tal doença, são prescritos porque o médico, que estudou para isso, sabe que é eficaz. “É direito do médico exercer plenamente sua função, orientando seu paciente. Agora, por causa da pandemia, muitos estão sendo constrangidos, com indicação de determinados fármacos. O tema virou política, não ciência. Vamos convocar os médicos na CPI para passar pelo crivo da Comissão?”, questionou o senador.
Ainda de acordo com parlamentar, se não bastasse não querer investigar a fundo os fatos, como, por exemplo, desvios no Consórcio Nordeste e a corrupção com dinheiro público em estados e municípios, a CPI tem apenas um alvo: culpar o presidente da República por toda crise provocada pela pandemia. “Vamos criminalizar governadores e prefeitos que solicitaram o tratamento precoce, porque a população pedia e eles deram essa resposta? Vamos trazer todos aqui e dar a eles a chancela de ‘culpados’? Não. É só o presidente da República”, destacou o vice-líder do Governo.