Por Sarah Silva/Secom
Publicada em 28/08/2021 às 10h41
Estratégias para o retorno das cirurgias eletivas de hanseníase, suspensas em decorrência da pandemia, foram tema de reunião entre representantes do Governo de Rondônia, do Hospital Santa Marcelina, da Coordenação do Ambulatório de Hanseníase da Policlínica Oswaldo Cruz, do Movimento em Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (Morhan), na quarta-feira (25).
Outro ponto abordado foi a necessidade de ampliação de leitos no Hospital Santa Marcelina para aumentar a capacidade instalada e dar mais celeridade nas cirurgias dos pacientes que aguardam em fila de espera, além de anunciar a Campanha Nacional da Hanseníase que será lançada em dezembro, sendo que Rondônia foi o primeiro Estado a aderi-la.
O secretário-adjunto da Sesau, Nélio de Souza, ressaltou que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está fazendo estudos internos para realizar a volta das cirurgias de hanseníase, além da ampliação do atendimento à população. “A priori, nossa reunião foi para discutir estratégias, planejar algumas questões para a volta dessa especialidade, mas iremos promover outros encontros para definirmos as principais informações, como: a previsão do retorno, quantas cirurgias serão realizadas e como vão acontecer, dentre outros assuntos”, explicou.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, reforçou a importância do autocuidado e a inclusão na melhoria da qualidade de vida das pessoas em tratamento contra a hanseníase no Estado. “A Agevisa vem intensificando as ações junto aos municípios para conhecimento, combate e prevenção à hanseníase”.
HANSENÍASE
A hanseníase, conhecida como borderline ou dimorfa, é caracterizada por manchas e placas na pele, normalmente acima de cinco lesões, com bordas bem ou pouco definidas. Pode haver comprometimento de dois ou mais nervos. Os nervos ulnar, tibial posterior e o fibular são, geralmente, os mais acometidos no momento do diagnóstico.
A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido nas unidades de saúde pública. O diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenção. Uma vez identificada, a pessoa com hanseníase deve ser tratada e realizada a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com esses pacientes, só assim é possível parar a cadeia de transmissão da doença.