Por Waldir Costa / Rondoniadinamica
Publicada em 14/08/2021 às 11h02
Estamos a pouco mais de 12 meses das eleições gerais de outubro do próximo ano, quando não elegeremos somente prefeitos e vereadores. Presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas são os cargos que estarão em disputa e já movimentam os bastidores da política.
As eleições municipais (prefeitos e vereadores) de 2020, adiadas de outubro para novembro devido a pandemia foram as primeiras sem as coligações partidárias. E certamente não agradou a uma boa parte dos políticos, que já buscam novas alternativas para as eleições de outubro de 2022, como o retorno das coligações e provavelmente o fim do segundo turno para os cargos majoritários (presidente da República e governadores).
Esta semana a Câmara Federal aprovou PEC para o retorno das coligações às eleições do próximo ano. Para que sejam concretizadas mudanças na Lei Eleitoral é necessário, que elas ocorram um ano antes das eleições em primeiro turno. Como estamos entrando na segunda semana de agosto, os políticos têm prazo até dia 2 de outubro próximo para, que as mudanças tenham validade para as eleições do próximo ano.
A decisão dos deputados federais com 333 votos favoráveis e 149 contrários será encaminhada para discussão e aprovação, ou não, de os senadores. Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-AP), garantem que a PEC para o retorno das coligações não será aprovada pelos senadores e receberá o mesmo destino da PEC do Voto Impresso: o arquivamento.
Caso os senadores aprovem a PEC das Coligações, provavelmente não teremos eleições em segundo turno. Hoje nos municípios com mais de 200 mil eleitores, caso nenhum dos concorrentes recebam 50% mais um voto, ocorrem eleições em segundo turno.
Rondônia tem há tempo vários candidatos em condições de concorrer a governador nas eleições do próximo ano. Hoje há inúmeros nomes cotados para o cargo de governador, talvez uns dez, mas cinco deles com mais chances, com ou sem as mudanças.
Um deles o governador Marcos Rocha, eleito em 2018 pelo PSL, que promoveu mudanças significativas na sua administração imprimindo um ritmo crescente e de ações populistas, mas de enorme interesse da população. Programas como o “Tchau Poeira”, de pavimentação nos 52 municípios, “Governo na Cidade”, de infraestrutura urbana e “Governo no Campo”, para fomentar a agricultura familiar só valorizam a administração e o que é importante: os convênios estão sendo firmados sem qualquer preocupação com a filiação partidária dos prefeitos.
Outro ponto positivo do governo Marcos Rocha é atuação do Líder do Governo na Assembleia Legislativa (Ale), deputado Luizinho Goebel. Com sua experiência no exercício do quarto mandato, Goebel, que foi diretor do DER está sendo fundamental no relacionamento Governo-Ale. A parceria Executivo-Legislativo é fundamental para uma boa administração.
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) também está na lista de nomes em condições de concorrer e ser vitorioso nas eleições ao governo do Estado de 2022. Se reelegeu sem dificuldades e vem realizando um trabalho eficiente e tem apoio da maioria da população da capital, maior colégio eleitoral do Estado.
Os tucanos de Rondônia enfrentam problemas internos com divergências entre os “cabeças”, como o ex-senador Expedito Júnior, a presidente do diretório regional, deputada federal Mariana Carvalho e o vice-prefeito de Porto Velho, Maurício Carvalho. Expedito quer parceria com o DEM do senador e presidente do partido em Rondônia, Marcos
Rogério, que é candidato a governador e o grupo de Mariana e Maurício apoiam Hildon Chaves.
O senador Marcos Rogério está na lista de nomes de destaque na disputa pelo cargo de governador. Rogério é um dos políticos considerados “bons de votos” em Rondônia. Nas eleições ao Senado em 2018, foi o mais bem votado do Estado somando 324.939 votos. É candidato da linha de frente na política regional.
O ex-deputado estadual e prefeito de Ji-Paraná em dois mandatos seguidos, Jesualdo Pires (PSB) é nome forte do interior. É difícil qualquer conversa relacionada à sucessão estadual sem que Jesualdo seja citado, inclusive para composição como vice. Mas é nome em condições de se eleger governador. Nas eleições de 2018 foi candidato ao Senado, mesmo com uma campanha franciscana somou mais de 195 mil votos e ficou na quarta colocação.
Ainda com condições de elegibilidade indefinida, o ex-governador Ivo Cassol (PP) é sempre um nome a ser considerado. Cassol foi governador em dois mandatos seguidos e com enorme proximidade com o eleitorado. Tem facilidade em se comunicar, fala o que o povo gosta de ouvir e “não leva desaforo pra casa”. Com ele é “bateu, levou”.
Cassol teve bons programas no seu governo de incentivo a piscicultura e a cafeicultura e de apoio aos pequenos produtores com a entrega de sementes e de calcário.
Resta saber como ficará a questão das coligações. Se a PEC da Câmara Federal for aprovada pelo Senado terá que ser transformada em Emenda Constitucional para entrar em vigor até dia 2 de outubro deste ano.
A semana promete.
Só corrigindo ,no próximo ano não haverá eleições para prefeito e vereadores.Eleições serão para presidente,governador,senador,deputados federais e estaduais.