Por Ludmary Nascimento/Secom
Publicada em 30/09/2021 às 12h32
De janeiro a agosto deste ano, 2.273 crianças nasceram na maternidade do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho. A unidade hospitalar, mantida pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), é referência em partos de alto risco e atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) não só do Estado, mas também do Acre, Amazonas, Mato Grosso e até da Bolívia.
Um parto é considerado de alto risco, quando, durante a gestação, ocorrem complicações que , por menor que sejam, representem perigo para a mãe, para o bebê ou para os dois.
O Hospital de Base conta com centro obstétrico, inaugurado em 1985, com a missão de dar atenção para gestantes com complicações na gravidez e curetagem. Além da presença de um acompanhante de sua escolha, a gestante tem a presença da enfermeira assistencial com especialização em obstetrícia, que contribui diretamente na assertividade e na segurança dela e do bebê.
Com atendimento especializado, a maternidade disponibiliza 80 leitos para as mamães, outros 26 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e 36 na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).
Dos partos realizados, 40% são normais e 60% cesarianas. Atualmente, a maternidade está com 26 pacientes internados na UTI neonatal, que atende crianças em situações graves, prematuras extremas e bebês que precisam de ajuda para respirar.
A unidade dispõe ainda incubadoras neonatais, que proporcionam ao recém-nascido uma proteção de vírus e bactérias que o prematuro pode adquirir, além de conter um dispositivo mecânico, em caso de ajuda para respirar. Esse equipamento é extremamente importante, pois reduz casos de mortalidade infantil.
Na UCI, destinada aos recém-nascidos com risco médio de complicações e que necessitam de assistência contínua, atualmente, são atendidos 26 pacientes, com doenças crônicas e que aguardam transferência para o Hospital Infantil Cosme e Damião.
O diretor-técnico do Hospital de Base, Cristiano Almeida, explica sobre os cuidados realizados pela equipe médica, tanto para a gestante quanto ao bebê logo após o parto. “Quando a criança nasce sem problemas de saúde, ela é colocada imediatamente no colo da mãe para receber o leite materno. Caso tenha alguma malformação ou infecção, os médicos a encaminham para a sala de reanimação, onde a equipe de pediatras e neonatologistas iniciam procedimentos intensivos para recém-nascidos graves”, esclarece.
ATENDIMENTO HUMANIZADO
Maria Cristina Machado, de 31 anos, relata como foi o atendimento do filho recém-nascido, pela equipe de profissionais da unidade de saúde. “No dia 17 de junho, meu filho Leonardo nasceu com problemas respiratórios e água nos pulmões. Por causa disso, ele necessitou ir para UTI, onde ficou nove dias internado. Durante esse tempo, Leonardo precisou ser intubado e eu, como mãe, fiquei desesperada, pois nunca tinha passado por essa situação com nenhum parente. Mas foi nesse momento de medo que fui muito acolhida pelas médicas, enfermeiras e psicólogas do hospital. Elas tiveram todo o cuidado com o Leonardo e sempre que podiam me davam informações sobre a situação dele. Hoje, eu só tenho a agradecer a essas pessoas por terem salvado a vida do meu filho”, conta.