Por RFI
Publicada em 24/09/2021 às 14h52
O passaporte sanitário se tornou um documento muito popular, especialmente entre os antivacinas na França. De acordo com um relatório publicado pela Seguridade Social francesa, vários milhares de documentos falsos estão em circulação neste momento no país e uma investigação foi aberta contra profissionais de saúde suspeitos de fraude.
Vários milhares de casos suspeitos estão sendo investigados e centenas de processos estão sendo iniciados pelo Fundo Nacional do Seguro Saúde da França. Na mira da organização, os profissionais de saúde são os primeiros suspeitos de fraude.
Dos cerca de 350 procedimentos abertos até agora, 270 referem-se efetivamente a profissionais da área. Eles são suspeitos de terem fornecido falsos certificados de vacinas por dinheiro.
Quanto aos beneficiários desses documentos falsos, existem atualmente 36.000 portadores com o falso passaporte para ter acesso a locais onde é necessário o passe médico, como restaurantes, cafés, bares e teatros.
Entre 150 e 400 euros
O fenômeno da multiplicação dos falsos documentos aconteceu quando este certificado de saúde foi implementado, e se acelerou neste verão.
Através das redes sociais, os passes de saúde falsos, mas emitidos por verdadeiros profissionais de saúde, são vendidos em média entre € 150 e € 400.
Os falsários podem ser condenados a até 5 anos de prisão e uma multa de € 150.000.
Quanto aos usuários dos falsos passaportes sanitários, eles correm o risco de passar três anos atrás das grades, além de arcarem com uma multa de € 45.000.