Por Rondoniadinamica
Publicada em 21/09/2021 às 09h53
Porto Velho, RO – O senador de Rondônia Confúcio Moura, do MDB, ex-governador do Estado, publicou mais um texto em seu blog particular.
A veiculação intitulada “Brasil: política e partidos” aborda a infinidade de legendas e o fato de que gestores precisam se desdobrar para governador respondendo às exigências de deputados estaduais, federais e vereadores.
Confira a íntegra:
Brasil: política e partidos
Se não arrumarmos os partidos políticos, não arrumaremos o Brasil.
Porque este negócio de coligação, quando um camarada que tem muitos votos, arrasta quem não tem quase nada. Além do mais, as benditas coligações só servem para um período eleitoral, sabe Deus o que se passa por debaixo do pano nestas negociações. E que se presume, em muitas vezes, aos chamados partidos de aluguel, como o período da campanha, seja uma verdadeira safra do achaque e da venda do partido.
Lá na frente, quem ganha numa coligação não guarda nenhum sentimento de compromisso político e nem de propósitos. E a bola vai rolando. A cada período que antecede a uma campanha, se fazem arranjos nas leis eleitorais, imaginando dar segurança a quem já esteja eleito.
Por isto, que é muito difícil para qualquer prefeito, governador ou presidente da República, ter condições de governar verdadeiramente para melhoria do povo, mas, de ficar correndo atrás de apoio, com um mundo de partidos, todos eles necessitando de recursos para suas bases, quero isto e quero aquilo, deixando os reais interesses, as reformas necessárias, o que venha favorecer, principalmente, aos segmentos mais pobres da população.
É assim que vem acontecendo desde o Brasil Império, agravado depois da Proclamação da República. Ninguém liga para a educação básica. Ninguém liga para a regularização fundiária. Ninguém liga para profissionalizar os jovens.
E vai se levando na barrigada o nosso país, enquanto, qualquer presidente, mesmo que não diga, termina entrando na onda de governo de cooptação, o que poderia, saudavelmente, ser uma coalisão (união), para iniciarmos, a virada do nosso país, onde todos escolhessem, verdadeiramente, a educação básica e a alfabetização na idade certa, como prioridade absoluta.
Aí sim, poderíamos dizer de boca cheia, que todos nascem iguais perante a lei, em direitos e deveres, sem depender, como hoje, do endereço onde nasça.
Tenho repetido e vou continuar repetindo, não tem jeito, se não pegarmos a educação como razão do Estado. Brasil ficará sempre neste puxa e encolhe sem fim, por todos os séculos, dos séculos. Os partidos fortalecidos, tendo programas definidos, tendo seguidores do nascimento à morte, que tenham cara, quando o cidadão se filiar a um deles já saberá o que irá defender e apoiar. É assim que deve ser.