Por SINTERO
Publicada em 10/09/2021 às 09h21
A Direção do Sintero reuniu-se nesta segunda-feira (06/09) com a Diretora Geral da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Irany Oliveira Lima Morais e a chefe de gabinete, Ana Lúcia Silvino da Silva Pacini, para tratar sobre o diário eletrônico do “novo ensino médio” e os desafios enfrentados pelos profissionais do Magistério lotados nas escolas pilotos do Estado e, também, sobre o excesso de aulas no modelo híbrido.
No início do ano letivo, as escolas tiveram que criar um instrumental próprio, visto que até então o Diário Eletrônico não possuía um campo para registro de informações das disciplinas de trilhas e eletivas do “novo ensino médio”. Entretanto, no segundo semestre foi adicionado na plataforma um espaço para preenchimento destes dados, porém ele não se adequa ao formato da nova modalidade de ensino, que dispõe de um modelo diferenciado, sendo que elas são compostas por alunos de diferentes turmas e também são semestrais. Agora, criou-se a exigência para que os professores/as refaçam todo o trabalho desenvolvido no primeiro semestre para o Diário Eletrônico, o que não resolverá o problema, pois a plataforma não tem o formato correto para receber esses dados.
Outra situação ocorrida foi a mudança de nomenclatura de línguas estrangeiras. Em razão dessa adaptação, os professores/as estavam sendo orientados a refazer o trabalho desenvolvido anteriormente e que já havia sido lançado no Diário Eletrônico. Durante a reunião, ficou esclarecido que houve um mal-entendido e que os profissionais não terão que refazer os diários, o que seria um grande absurdo e entende-se que deve se respeitar o trabalho do professor/a. Caso haja necessidade de refazer o registro do primeiro semestre no Diário Eletrônico, que esse seja feito por outro profissional.
O Sintero mencionou ainda sobre a grande insatisfação e reclamações da maioria dos professores quanto ao ensino híbrido, que tem gerado sobrecarga de trabalho, visto que eles passaram a atender nas modalidades presencial, remota e na entrega de materiais impressos, aumentando as atribuições dos professores/as e gerando trabalho triplicado.
Durante a reunião, o Sintero solicitou à Secretaria, um planejamento pedagógico conciso e debatido junto com a categoria para desenvolvimento do novo formato de ensino. O sindicato pediu que haja diálogo entre as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), com o setor de tecnologia e informação, e com o setor pedagógico da Seduc para que juntos idealizem um sistema que facilite o registro de aulas e que seja prático para os profissionais do Magistério. Na oportunidade, o Sintero solicitou uma nova audiência com participação de pelo menos um representante de cada Regional, para que eles possam expor as peculiaridades sofridas em cada localidade do Estado. Também ficou acordado a realização de uma outra reunião para tratar exclusivamente sobre a carga horária do ensino híbrido.
Em resposta, Irany Oliveira comprometeu-se em entrar em contato com sua equipe e dar retorno sobre a data da próxima reunião.
“Consideramos o novo ensino médio como um grande retrocesso do ponto de vista pedagógico e sempre nos posicionamos contrários, mas não fomos atendidos em nossa luta. Agora, estamos atuando para minorar os problemas gerados por ele e, por isso, reivindicamos a construção de um novo formato que torne o trabalho dos profissionais menos dispendioso”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero.