Por Nilton Salina
Publicada em 30/10/2021 às 10h38
A covid-19 devolveu para Deus mais um de seus ilustre filhos, o jornalista, compositor e folclorista Silvio Santos, mais conhecido como Zé Katraca. A cultura de Rondônia fica mais pobre com isso e a população de Rondônia não terá mais acesso com tanta facilidade às informações relacionadas à cultura do Estado.
A coluna Lenha na Fogueira tornou Silvio Santos uma celebridade. Iniciada no jornal Diário da Amazônia em uma época em que nem se falava em Internet, abordava temas polêmicos, escancarando os bastidores culturais, mostrando o que estava acontecendo e vez ou outra deixando figurões irritados.
Logo que a coluna foi lançada a repercussão foi tamanha que Silvio Santos preciso permanecer incógnito. Era melhor não aparecer, devido à confusão feita por pessoas que não estavam acostumadas e ver a informação exposta, em um texto característico de quem não tem papas na língua.
Foi assim que surgiu o Zé Katraca, alter ego de Silvio Santos. Depois houve a impressão de que os papéis se inverteram, tamanha a importância do personagem. Em muitos momentos Silvio Santos é que parecia ser o alter ego de Zé Katraca.
Na época do início da polêmica, o alegre Silvio Santos comparecia às reuniões para tratar de eventos folclóricos, onde o prato principal era os escritos de Zé Katraca. E muita gente irritada baixava a ripa, querendo saber quem era o jornalista desconhecido que sabia tanta coisa de tanta gente. Silvio Santos ficava só olhando, sem se envolver.
Após uma história de vida digna de um filme, chegou ao fim a jornada de Silvio Santos no campo terreno. Os espiritualizados dirão que a vida continua, mas agora em um outro plano, onde Silvio Santos poderá continuar compondo ao som de um tambor de todos os ritmos.