Por AFP
Publicada em 08/10/2021 às 15h00
O presidente Joe Biden assinou, nesta sexta-feira (8), uma lei que fornece ajuda financeira às vítimas das misteriosas dores de cabeça e náuseas sofridas pelos diplomatas americanos no que foi denominado de "síndrome de Havana".
A Lei de Havana oferece uma indenização financeira aos membros do Departamento de Estado e da CIA que sofrem dores de cabeça, as quais os funcionários americanos suspeitam que podem ser ataques de micro-ondas direcionadas.
Foram registrados dezenas de casos nas embaixadas americanas de todo o mundo, começando por um grupo em Havana, Cuba. A causa das doenças não foi diagnosticada completamente e a identidade do autor desses ataques não foi revelada, se é que existe.
"Quero agradecer ao Congresso por aprová-la com um apoio bipartidário unânime, o que envia a mensagem clara de que cuidamos dos nossos", disse Biden em um comunicado.
"Funcionários, agentes de inteligência, diplomatas e pessoal militar de todo o mundo foram afetados por incidentes sanitários anômalos. Alguns estão lutando contra lesões cerebrais debilitantes que restringiram suas carreiras de serviço à nossa nação".
A senadora republicana Susan Collins, principal autora da lei, disse em um comunicado que os sintomas da "Síndrome de Havana" afetaram mais de 40 membros da equipe dos EUA em Cuba desde 2016 e outras dezenas em outros lugares, incluindo alguns em território americano.
Um membro da equipe do diretor da CIA, William Burns, teve sintomas similares na Índia este mês, durante uma viagem do chefe de inteligência, segundo a imprensa dos EUA.
Dois funcionários americanos na Alemanha também estão entre as vítimas recentes e a revista New Yorker informou dezenas de casos que afetaram funcionários americanos em Viena, Áustria.
Collins afirmou que a nova lei permitirá ajudá-los.
"Muitas vítimas da 'Síndrome de Havana' tiveram que lutar contra a burocracia para receber atendimento pelas suas lesões debilitantes", disse.
"Para essas vítimas, a Lei de Havana garantirá que recebam o apoio financeiro e médico que merecem. Também reafirma nosso compromisso de garantirmos que nosso governo encontre os responsáveis".