Os corpos de 17 migrantes foram encontrados na terça-feira (5) na costa oeste da Líbia, depois que a embarcação que os transportava afundou, informou a guarda costeira nesta quarta-feira (6).
A Líbia é um país de passagem para dezenas de milhares de migrantes, em sua maioría de países da África Saariana, que tentam chegar à Europa através da costa italiana, situada a cerca de 300 km da Líbia.
"Nas últimas 24 horas, as equipes do Crescente Vermelho encontraram os corpos de 17 migrantes na costa, entre as cidades de Zawiya e Sorman", declarou à AFP um alto funcionário da guarda costeira.
As vítimas se afogaram quando o barco afundou, segundo a mesma fonte.
O Crescente Vermelho em Zawiya, uma cidade a 50 quilômetros de Tripoli, divulgou imagens dos corpos envoltos em mortalhas.
O número de migrantes que morreram no mar durante sua tentativa de chegar à Europa mais que dobrou este ano em comparação com o mesmo período de 2020, segundo dados de julho da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Em setembro, a OIM contabilizou 1.369 migrantes afogados no Mediterrâneo no decorrer do ano.
Esta nova tragédia acontece dias depois de uma "campanha de segurança" promovida pelas autoridades nos arredores de Tripoli, direcionada principalmente aos migrantes clandestinos.
"O número de migrantes e refugiados detidos em centros de detenção em Tripoli aumentou consideravelmente, mais que o triplo, nos últimos cinco dias", informou nesta quarta-feira a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) .
É o "resultado direto de cinco dias de detenções em massa e aleatórias de migrantes e refugiados, incluindo mulheres e crianças", segundo MSF.
Várias ONGs e agências da ONU denunciam regularmente as condições nos centros de detenção na Líbia, onde os traficantes se beneficiaram da instabilidade reinante no país desde a revolta de 2011.
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