Por Rondoniadinamica
Publicada em 15/10/2021 às 10h13
Porto Velho, RO – As eleições estão chegando e aparentemente em Rondônia não haverá na disputa pelo Palácio Rio Madeira uma contenda binária contundente entre direita e esquerda como se vê na lousa das possibilidades quando o assunto é o comando do Planalto.
Se no Brasil agora a tendência é o atual presidente da República Jair Bolsonaro e o ex-regente do país Luiz Inácio Lula da Silva se enfrentarem voto a voto pelo futuro no Alvorada, aqui, no estado das Três Caixas d’Água, a carroça parece andar só do lado direto.
A dicotomia conservadorismo versus progressismo não encontra guarida pincelando os atuais nomes no horizonte, como, por exemplo, o governador Coronel Marcos Rocha, do PSL, o senador da República Marcos Rogério, do DEM, o congressista licenciado Confúcio Moura, do MDB, e até a incógnita Ivo Cassol, todos de centro, centro-direita ou direita.
Aí fica a pergunta no ar: e o PT, hein?
A legenda lulista há pouco contava com as credenciais do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, que, em 2021, deu adeus à legenda quando solicitou formalmente sua desfiliação em março.
Lazinho da Fetegro, único deputado estadual da sigla, conserva relações conflituosas com seus colegas, respondendo por um processo interno de expulsão: ele diz que aceitará o veredito, independentemente dos caminhos deliberados.
No mais, há Ramon Cujuí, grata surpresa nas eleições de 2020 na Capital, porque, nos debates, demonstrou capacidade técnica e domínio dos assuntos administrativos duelando retoricamente, em uma das oportunidades, inclusive, diretamente com o prefeito reeleito Hildon Chaves, do PSDB.
E também ronda o plano das hipóteses a ex-senadora Fátima Cleide, lulista até o último fio de cabelo. Fátima chegou a disputar eleições ao Senado Federal em 2018, mas, por questões jurídicas, concorreu sub judice, e restou prejudicada na peleja. Ainda assim, sua performance surpreendeu até pelo hiato em que estava fora da política como protagonista.
É triste conceber que não haverá disputa no campo das ideias: aparentemente, quem brigará pelo Poder nutre ideais semelhantes para o Estado e sociais, oxigenando muito pouco a leque disposto diante da população.
Entretanto, ainda assim, a pluralíssima eleição que se avizinha pode contar com nomes ainda não revelados, inclusive da esquerda, mesmo do PT, e o que já é acirrado no panorama pode se tornar ainda mais quando da revelação das urnas.