Por TJ-RO
Publicada em 22/10/2021 às 12h19
A Corregedoria-Geral de Rondônia (CGJ-RO), por intermédio da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), promoveu o Encontro de Notários e Registradores, na manhã de quinta (21). O evento trouxe temas relevantes para o campo extrajudicial, dentre eles a qualidade no atendimento, regularização fundiária urbana, a plataforma “E-Notariado” e Assembleias Virtuais. As palestras foram transmitidas pelo canal no YouTube, da Emeron.
O corregedor-geral da Justiça de Rondônia, Valdeci Castellar Citon, abriu o evento e ressaltou a importância de trabalhar com a troca de aprendizado, para que a CGJ e os notários e registradores possam aprender, progredir e crescer juntos. “A Corregedoria sempre trabalhou nesse sentido de troca, com o intuito de co-reger e não corrigir”, pontuou.
Qualidade no Atendimento
O oficial do 2º Registro de Imóveis do Recife, André Villaverde, abriu o evento com o tema “Qualidade no Atendimento”. Ele destacou passos essenciais para a gestão no cartório, a exemplo de indicadores, no qual é preciso números específicos para mensuração, como a quantidade de atendimentos ao dia, hora e tempo médio de espera das pessoas no cartório.
Outro passo é executar o método “OPERA”. Na gestão, cada sigla significa: observar (quais são os problemas do cartório), planejar (como melhorar os problemas encontrados), executar (colocar em prática), revisar (comparar o planejamento com a execução) e “arrudiar” - termo usado no nordeste - (começar tudo de novo). Ou seja, esse método é um ciclo que precisa ser realizado de maneira permanente.
Por fim, o palestrante abordou sobre a importância da gestão dos ambientes de atuação, que engloba três esferas: o estratégico, tático e operacional. “Cada cartório tem um valor e os colaboradores precisam se adaptar a esses valores”. finaliza.
Oficial do 2º Registro de Imóveis do Recife, André Villaverd
Regularização Fundiária Urbana
O registrador titular do Registro de Imóveis da 1ª Zona de Porto Alegre, João Pedro Lamana Paiva, explanou sobre “Regularização Fundiária Urbana”. Segundo o palestrante, cerca de 60% dos imóveis brasileiros estão irregulares. Essa ausência de registro imobiliários causa inúmeros prejuízos à sociedade e é preciso um novo olhar sobre a questão da regularização fundiária no Brasil. “Nós já temos leis suficientes e com elas devemos trabalhar”, complementa o registrador.
Os benefícios que um imóvel regularizado gera são o controle urbanístico, arrecadação de tributos, dignidade da pessoa humana, sociedade que passa a conhecer os direitos que precisará respeitar e a segurança jurídica a todos. “Será preciso muito estudo e preparação dos operadores do direito no trato dessas questões. Agradeço aos participantes por estarem aqui para aprender, desenvolver e poderem atuar com estes relevantes ensinamentos”, finalizou.