Por G1
Publicada em 18/10/2021 às 16h07
Executivos do alto escalão da Microsoft pediram para que o fundador da empresa, Bill Gates, parasse de enviar e-mails "inapropriados" a uma funcionária, segundo uma reportagem do jornal "Wall Street Journal" desta segunda-feira (18).
A troca de mensagens teria ocorrido em 2007, enquanto ele ainda era casado com Melinda Gates e exercia funções em tempo integral na Microsoft, além de ser presidente do conselho da companhia. O magnata nega o caso.
Os e-mails continham "flerte" e convidavam a funcionária para um encontro fora da empresa, mas não eram "abertamente sexuais", segundo as fontes ouvidas pelo jornal. A mulher não teria feito nenhuma queixa sobre o incidente.
Os executivos da Microsoft descobriram a troca de mensagens em 2008, pouco depois que Gates deixou um cargo em tempo integral na empresa e ficou somente com as obrigações relacionadas ao conselho.
Dois executivos do alto escalão, o então conselheiro-geral Brad Smith e a então chefe de recursos humanos Lisa Brummel, teriam se encontrado com Gates e dito que o comportamento era inapropriado e que deveria parar.
Gates não teria negado as trocas e disse aos executivos que aquela não tinha sido uma boa ideia, se comprometendo a parar.
"São falsos rumores reciclados de fontes que não têm conhecimento direto e, em alguns casos, têm conflitos de interesse significativos", disse Bridgitt Arnold, porta-voz de Bill Gates, ao jornal.
As trocas de e-mails não estão relacionados com outro escândalo envolvendo Bill Gates, revelado em maio pelo "Wall Street Journal", duas semanas depois de ele e sua esposa anunciarem o divórcio.
Na ocasião, o jornal publicou que Gates deixou o conselho de diretores da Microsoft em 2020, em meio a uma investigação sobre um relacionamento extraconjugal com uma outra funcionária.
Bill Gates não negou o relacionamento, mas disse ao "Wall Street Journal" que sua saída do conselho não teve a ver com a investigação.