Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 23/10/2021 às 10h29
As eleições gerais do próximo ano, ainda, estão distantes. O primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro de 2022, mas o trabalho partidário para escolha dos candidatos a governador em Rondônia é intenso e um dos grupos, tem problemas para poder escolher quem será o candidato à sucessão estadual, não por falta de nomes, mas pela qualidade.
Os políticos são conhecidos e bem identificados com o eleitorado de Rondônia. Um deles o senador Marcos Rogério, que até recentemente presidia o DEM no Estado, partido que se juntou ao PSL originando o União Brasil. Quem presidia o PSL regional era o governador Marcos Rocha, que pretende concorrer à reeleição e será ele, que comandará o novo partido em Rondônia. Marcos Rogério deverá se filiar a uma nova sigla, que provavelmente seja o PSD, que tem o filho do ex-senador Expedito Júnior, o deputado federal Expedito Netto como presidente.
Existe uma parceria firmada entre Marcos Rogério e Expedito Júnior, que durante anos presidiu o PSDB. Quem está na cabeça do diretório regional, hoje, é a deputada federal Mariana Carvalho, mas Júnior continua sendo pessoa de muita influência no partido.
Nas eleições de 2018, Júnior foi candidato a governador. Venceu o primeiro turno, mas perdeu no segundo para Marcos Rocha. Rogério também se elegeu em 2018 ao Senado com votação elevada (324.939), o mais bem votado no Estado.
Nas últimas semanas vem sendo muito comentado nos bastidores da política, que Júnior, já disputou, e perdeu, o governo do Estado em duas oportunidades (2014 e 2018), cotado para concorrer a única das três vagas ao Senado estaria disposto a concorrer a governador com apoio de Rogério, que deverá assumir um ministério no governo Jair Bolsonaro (Sem Partido), ou cargo equivalente. Rogério já estaria fechado com Júnior numa candidatura à sucessão estadual.
Outro nome em condições de se eleger governador é do prefeito-reeleito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que realiza administração das mais eficientes. Não se reelegeu por acaso no maior colégio eleitoral do Estado, com mais de 330 mil votos nas eleições de 2020.
Hildon é um político bem preparado e demonstrou isso nos primeiros 4 anos de governo. Nunca tinha ocupado cargo público-eleitoral, mas a sua reeleição para mais um mandato no comando de um município muito difícil de ser administrado, como Porto Velho, maior que alguns estados e vários países o credencia a reivindicar a possibilidade de governar Rondônia.
Não há dúvida que é uma decisão difícil a escolha de um nome para concorrer ao governo entre os três citados. Todos têm potencial de voto, porque são bem cotados junto ao eleitorado. Caso realmente Marcos Rogério fique fora da disputa, para assumir um ministério, ou cargo equivalente no governo federal, o que será bom para Rondônia, Se Expedito concorrer a governador certamente perderá enorme oportunidade de se eleger senador, onde as possibilidades de sucesso são bem maiores.
Já Hildon, caso Expedito Júnior seja candidato ao Senado, e conseguir compor com um bom vice do interior, terá amplas condições de se eleger governador em 2022. Está preparado, política e economicamente, tem bom relacionamento com o eleitorado e realiza um trabalho dos mais elogiáveis em Porto Velho.
No caso de Expedito Júnior na condição de candidato a governador, Hildon poderia ser o nome mais expressivo do grupo para concorrer ao Senado. São três nomes de um grupo com potencial eleitoral e todos, em condições de governar Rondônia. Resta saber como será o comportamento dos seus componentes até as convenções partidárias de abril do próximo ano, quando serão definidos os candidatos.