Porto Velho, RO – O senador governista Marcos Rogério, do DEM, se tornou uma espécie de comentarista de manifestações.
Ele gravou um vídeo falando sobre os protestos políticos e sociais vistos no Brasil inteiro no último sábado, dia 02.
Na visão do demista, a oposição consiste apenas em brados da militância, e não do povo. Popular mesmo, para ele, são os eventos bolsonaristas.
Na parte mais sintomática do vídeo, Rogério ignora completamente tanto a fome quanto a miséria no Brasil.
“Protestos contra a questão dos preços, miséria e fome, bem, esses manifestantes que defendem governos totalitários e de esquerda talvez estejam se referindo à Venezuela, onde estão seus amigos políticos”, pontuou.
E prosseguiu:
“O que o governo federal fez foi o maior programa de transferência de renda da história do País justamente para evitar miséria e fome em um momento tão crítico como foi o epicentro da pandemia”.
A volta da fome
Ganhou o mundo a foto de capa e manchete da versão impressa do jornal Extra.
“A Dor da Fome”, traz, logo na página inicial, o depoimento do motorista de um caminhão de ossos.
“Antes as pessoas passavam aqui e pediam comida para dar para os cachorros. Hoje, elas imploram por um pouco de ossada para fazer comida. O meu coração dói”.
A legenda abaixo da imagem que ganhou o Planeta Terra sacramenta:
“Em um país com inflação galopante, desemprego em alta e 19 milhões de brasileiros passando fome, um caminhão carregado de pelanca e osso virou a esperança de famílias inteiras. No Rio, uma fila do desespero é formada no bairro da Glória por moradores de várias regiões, que percorrem quilômetros para levar ao prato esses restos. O material, descartado por mercado e açougues, iria para fábrica de sabão e ração de cachorro”.
O senador do Rolex, como em Alice no País da Maravilhas, no auge de seus mais de R$ 33 mil em salário e outros R$ 270 mil “torrados” só em 2021 com suas cotas para o exercício parlamentar certamente não faz a mínima ideia sobre como a fome e a miséria impactam na vida dessas pessoas.
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