A União Europeia exportou mais de um bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 para mais de 150 países. Essa quantidade representa a metade das doses produzidas na Europa, de acordo com dados divulgados por Bruxelas nesta segunda-feira (18).
"A União Europeia é, sem dúvida, a primeira exportadora do mundo de vacinas", disse a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, em um vídeo transmitido online. Mais de 580 milhões de doses foram administradas até agora no continente, onde mais de 75% dos adultos estão totalmente vacinados.
"Sempre dividimos nossas vacinas de maneira igualitária com o resto do mundo", continuou. Segundo ela, os 27 países da União Europeia entregaram 87 milhões de doses para os países mais pobres através do programa internacional Covax, de acordo com o chefe do executivo europeu.
Mais meio bilhão de doses serão doadas
Nos próximos meses, a União Europeia pretende doar pelo menos 500 milhões de doses extras para países mais vulneráveis, "mas outros países também devem redobrar seus esforços", disse Von der Leyen.
Bruxelas anunciou, no fim de setembro, que prolongará até o final de dezembro seu mecanismo de controle das exportações da vacina antiCovid produzidas na UE, para garantir o estoque dos países do bloco, diante das incertezas envolvendo o aparecimento de novas variantes.
Exportações devem ser autorizadas
O mecanismo atualmente em vigor, acionado em janeiro, obriga que as exportações feitas por um laboratório situado na UE sejam autorizadas pelo país de onde as doses serão enviadas. A decisão deve ser validada pela Comissão. A única exceção envolve países vulneráveis.
Esse controle foi instaurado para assegurar o envio de lotes do laboratório AstraZeneca, acusado de não honrar suas encomendas para a União Europeia para beneficiar outros países.
Na prática, entre janeiro e final de setembro deste ano, os países membros aprovaram mais de 2.600 pedidos de exportação para 56 países e territórios, entre eles o Reino Unido, a Austrália, os Estados Unidos, o Chile, o Canadá, Israel, Japão e Turquia. Neste período, um único pedido de exportação - da AstraZeneca para a Austrália - foi rejeitado.
Vários países, entre eles os Estados Unidos, a Índia e a África do Sul, pedem a quebra temporária das patentes que protegem as vacinas para desenvolver sua produção, mas Bruxelas é contra a proposta, preferindo aumentar sua participação no mecanismo de solidariedade Covax.
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