Por Rondoniadinamica
Publicada em 12/11/2021 às 10h34
Políticos de Rondônia "tietavam" Moro na época em que o ex-juiz era ministro de Bolsonaro / Reprodução
Porto Velho, RO – Considerado o Judas Iscariotes do bolsonarismo, o ex-juiz federal Sérgio Moro, conhecido especialmente por suas controversas sentenças no âmbito das ações envoltas à Operação Lava Jato, será possivelmente o candidato do Podemos à Presidência da República.
Filiado, encarna, de vez, a roupagem daquilo que se convencionou denominar como terceira via, até então nomenclatura volátil.
A ideia é tirar o doce da boca do ex-patrão Jair Bolsonaro, e, além disso, não deixar que Lula, a quem condenou à prisão, volte ao comando do País.
Agora na legenda de Léo Moraes, deputado federal eleito por Rondônia, o antigo ministro da Justiça e Segurança Pública da atual gestão do governo federal passará por vários testes de provação até que, se a sociedade assim o quiser, seja conduzido à cadeira-mor do Planalto.
E por falar em Moraes, como o próprio Rondônia Dinâmica já questionou, é preciso abordar todas as possibilidades relacionadas às duas postulações. O eleitorado regional soa absurdamente apegado a mudanças bruscas dos ventos na política.
Ou, como costumava dizer Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
Rondônia de fato é considerado um celeiro bolsonarista; ocorre que algumas coisas já mudaram, como, por exemplo, a irrestrita confiança das pessoas em agentes públicos ligados ao presidente.
Como ocorreu com o deputado estadual Eyder Brasil, do PSL, que concorreu à Prefeitura de Porto Velho em 2020 e acabou levando uma surra nas urnas.
Talvez o povo já não queira mais votar em pacotes fechados; de repente, até por conta da decepção, comece a avaliar de maneira unitária cada nome no horizonte.
Isso faz com que a situação de Sérgio Moro seja uma incógnita.
Teria o ex-magistrado o poder de transmitir votos aos seus apoiadores? Aliás, teria ele próprio envergadura política para não passar vergonha em 2022? Ele é, de fato, uma alterativa aos polos de direita e esquerda representados respectivamente por Bolsonaro e Lula?
A partir de sua filiação todos os desdobramentos precisam ser cuidadosamente avaliados a fim de que, na hora do voto, decisões corretas sejam tomadas.
Por enquanto a única certeza é que Moro tem sede de Poder: resta saber se o povo irá saciá-la ou não.