Por DW
Publicada em 06/11/2021 às 09h51
Em comunicado, os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU voltam a exigir "a criação e condições que permita lançar um diálogo nacional inclusivo" que possa levar à resolução da crise na Etiópia.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou a um cessar-fogo na Etiópia e manifestou "profunda preocupação" com a escalada do conflito neste país.
Num comunicado lido aos jornalistas pelo embaixador do México nas Nações Unidas, Juan Ramón, os membros do Conselho de Segurança da ONU "pedem o fim das hostilidades e a negociação de um cessar-fogo duradouro", exigindo também "a criação e condições que permita lançar um diálogo nacional inclusivo" que possa levar à resolução da crise.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se na próxima segunda-feira (08.11), na sequência do adiamento da reunião que estava marcada para hoje.
Os 15 países membros que têm defendido que se chegue a acordo sobre uma posição comum emitiram este comunicado numa altura em que,após um ano de guerra, os rebeldes de Tigray ameaçam marchar sobre Adis Abeba.
Também, esta sexta-feira (06.11), foi notícia que nove grupos rebeldes etíopes -- incluindo os da região de Tigray - anunciaram que se aliaram contra o Governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, numa fase em que a guerra se intensificou.
À DW, o investigador de paz norueguês, Kjetil Tronvoll, afirma que, na sua opinião, "não vai haver uma transferência negociada de poder".
A TPLF afirmou na quarta-feira ter chegado à cidade de Kemissie, na vizinha região de Amhara, a 325 quilómetros a norte da capital. Uma informação que foi negada pelo governo etíope, que voltou a reforçar que não vai recuar nesta "guerra existencial".