Por Folha do Sul/Rildo Costa
Publicada em 03/11/2021 às 09h41
Segundo o servente de pedreiro Gilvan Lima Pereira, de 40 anos, o local está sem energia elétrica. “A gente já pediu luz aqui, mas ninguém atende o nosso pedido”, diz o morador, que vive parte do tempo numa das casas do residencial e parte na casa da mãe.
Em 2013, a construção de 40 moradias populares, pelo programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”, em Cerejeiras, foi embargada pela Justiça. Um laticínio, que fica ao lado do terreno onde as residências estavam sendo construídas, numa área do município, entrou com uma ação pedindo o embargo das obras.
A indústria láctea alegou que as fossas das casas iriam contaminar o subsolo e prejudicar o laticínio, que passa por periódicas e rigorosas fiscalizações sanitárias. A Justiça acatou o pedido da indústria e embargou a obra. A construção das casas foi paralisada imediatamente.
Na tarde de sábado, 30, a reportagem do FOLHA DO SUL ONLINE visitou o local das casas embargadas. Segundo apuração deste site, pelo menos seis pessoas moram no local, a maioria idosos aposentados.
As residências inacabadas foram “completadas” com madeira ou tijolos. Não há energia elétrica, água encanada ou saneamento básico. Por estarem embargadas e sem documentação, as concessionárias de serviços públicos não atendem as residências.