O ambicioso plano de Joe Biden de US$ 1,2 trilhão de investimentos em infraestrutura vai entrar em vigor. O Congresso dos Estados Unidos acabou por adotá-lo na sexta-feira (5), após votação na Câmara dos Representantes, após semanas de discussões, negociações e desentendimentos entre os democratas.
Demorou para acontecer, mas é uma vitória, a primeira em termos legislativos do presidente Biden, informa o correspondente da RFI em Washington, Guillaume Naudin.
Na manhã de sexta-feira, comentando sobre os bons números do desemprego para outubro, ele mais uma vez pediu aos democratas da Câmara que votassem seus planos de investimento. Isso não aconteceu até um pouco antes da meia-noite. E, novamente, apenas para o plano de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão que já havia sido aprovado pelo Senado.
A adoção do plano constitui uma vitória parcial do presidente americano, que não conseguiu passar para votação seu outro gigantesco plano de investimentos no campo social e ecológico, de US$ 1,7 trilhão.
O plano de infraestrutura, considerado um dos mais ambiciosos da história moderna americana, pretende modernizar estradas, pontes e prover internet de alta velocidade.
O projeto de lei alcançou 228 votos favoráveis e 206 contrários. A aprovação da lei foi saudada com uma vigorosa salva de palmas.
Biden busca novo fôlego
Biden, que precisa urgentemente dar um novo fôlego urgente à presidência, esperava na manhã de sexta-feira apresentar dois textos importantes na Câmara dos Deputados: este plano de investimentos e o vasto programa de reforma do sistema de proteção social e combate ao aquecimento.
A aprovação do plano de infraestrutura acontece em meio à queda em seus índices de aprovação e após a derrota humilhante do Partido Democrata nas eleições para governador da Virgínia.
Mas os líderes democratas tiveram de desistir de um voto de aprovação do último texto, pois a ala centrista do partido exigiu esclarecimentos sobre os custos.
Joe Biden, que enfrenta um declínio de popularidade um ano antes das eleições parlamentares de meio de mandato, disse que seu amplo programa social deveria ser votado pela Câmara na semana de 15 de novembro.
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