Por Globoesporte.com
Publicada em 18/11/2021 às 10h23
O professor Jorge Luiz, de 43 anos, é o nome ao se falar de triatlo em Porto Velho. Incentivador, ele vive em torno da paixão pela modalidade e da formação de atletas na equipe Suasnegs, em Porto Velho.
Desde os 14 anos, Luiz pratica o esporte e está no caminho da mescla de natação, corrida e ciclismo há cerca de 20 anos, segundo ele. O sucesso chega até na família, onde ele tem uma campeã.
– A gente está no esporte desde a juventude. Estou a frente dos treinamentos tem uma média de 15 a 20 anos já. Crianças são o nosso carro-chefe. Mas temos adultos, paratletas até tenho uma filha cadeirante, paratleta, bicampeã brasileira. A gente tem experiência de vários perfis. No momento a gente não tem um quantitativo, mais podemos dizer que são dezenas, quase chegando a centenas – relata o professor.
A equipe da Rede Amazônica foi acompanhar um dos treinamentos comandados por Jorge Luiz. Ele é a voz que fala mais alto com os alunos. Nadando, correndo e pedalando que se encontrou. Hoje ele planta a semente dos jovens. Incentiva e preparar para a competição e a vida. Ele chegou ao triatlo porque queria mais.
– Eu era corredor de rua. Mas achei pouco. A resistência estava lá em cima. Então vou pro uma praia, vou enveredar por uma outra área que exija mais do condicionamento. Então fizemos uma travessia do Madeira, fizemos assim algumas coisas de mais resistência e depois descobrimos uma modalidade que são três consecutivas que são: natação, ciclismo e corrida exige muito disso. E ali eu me encontrei e estamos nisso até hoje – conta.
Todos que passam pelas mãos do treinador já sabem que na hora da decisão é pódio e medalha no peito. O resultado são muitas conquistas do time triatlo do professor Jorge Luiz, campeões no esporte e na vida.
– Tenho aquela liberdade de chamar a atenção, de brincar mas usamos o esporte como uma ferramenta social pra toda a vida. Aonde você vai ter respeito e vai receber, vai ter a disciplina e vai colher por isso e a qualidade de vida com o tempo vai ser algo perceptível – finaliza.
Time no nacional
O trabalho de Luiz rende frutos. Da equipe dele, sairão representantes para o Campeonato Brasileiro de triatlo nas categorias infantil e juvenil.
Tem gente que mesmo praticando há pouco tempo já conseguiu se qualificar para competições nacionais. É o caso de Bruno Ricardo, de 15 anos, que competirá o Brasileiro juvenil. As disputas serão em Brasília em 5 de dezembro. Lá a prova será o sprint. Ao total, terá que percorrer 750 metros de natação, 20 km de bicicleta e 5 km de corrida. Para ele, será a estreia.
– É bem puxado. Os treinos são bem puxados quando começa, você fala: caracas, será que eu vou terminar? E aí quando você termina dá um alívio. É uma sensação muito boa. O esporte, o triatlo em si ele é um esporte maravilhoso principalmente para jovens da minha idade. Agora tô nervoso. É meu primeiro brasileiro. Não vou falar que não estou porque estou, porque será minha estreia – relata o atleta.
Além dos mais novos, o time de triatlo do professor também tem espaço para os experientes. E, preparados para novas conquistas. Hirley Freitas também compete em Brasília também no sprint e é sucinto ao falar.
– Pronto e só esperando as horas para ir para Brasília representar Rondônia – enfatiza Hirley Freitas, atleta máster.
Ísis Cabreira, tem 11 anos, também vai para o Brasileiro no infantil. Ela irá primeiro. As disputas da categoria em que compete será em 28 de novembro, em Caiobá (PR). Para Cabreira, as provas serão de acordo com a idade. Ao total, terá que fazer 200 metros de natação, três quilômetros de bicicleta e 1.500 metros de corrida.
Ao ser questionada, Ísis corrobora com o relato das dificuldades do esporte, mas também vê satisfação nele.
– É uma sensação de nervosismo por conta que eu comecei esse ano com o triatlo e já estou indo para uma competição nacional. Eu gosto. O triatlo não é fácil, até o final do ano passado eu não sabia nadar, comecei a nadar em dezembro, ainda tenho um pouco de dificuldade na natação. Não é um esporte fácil. No começo, quando você começa é difícil mais depois você treina e fica tudo bom – conta a atleta.
A delegação que Jorge vai levar para a competição não para por ai. Júlia Lins é mais nova. Tem nove anos. Apesar de jovem, tem mente grande. Ela acredita que a dedicação que é exigida faz a diferença para que se veja evolução. Isso porque, segundo o relato do professor, desde bebê a modalidade faz parte da vida dela.
– No final sempre dá tudo certo. Você se destaca e para alcançar novos objetivos, sempre tem que continuar firme e forte porque o triatlo exige em si. No final sempre tem uma recompensa. É por isso que tem que estar focado pra conquistar seu objetivo – frisa a competidora que terá a prova no Paraná.