Por Professor Nazareno
Publicada em 05/11/2021 às 08h03
Professor Nazareno*
Marcos Rocha, o “coronel bolsonarista” e atual governador de Rondônia, fez história na recente conferência do clima em Glasgow na Escócia. O mandatário rondoniense participou da cúpula “em grande estilo” junto com alguns de seus melhores assessores e mostrou ao mundo civilizado que Rondônia, a até então desconhecida e afastada unidade da federação no Brasil, não é um lugar para amadores e merece, assim como ele próprio, destaque absoluto entre as grandes potências mundiais. Desinibido e carismático, Rocha impressionou a todos com a sua capacidade ímpar de liderar as nações rumo a um mundo melhor e mais habitável no futuro. A ascensão deste político ao estrelato maior no disputadíssimo cenário mundial começou com o seu excelente e forte discurso, em inglês, para uma plateia de quase 200 líderes mundiais ali reunidos.
Defensor intransigente do meio ambiente, da floresta amazônica e dos povos originários, o eminente governador começou falando sobre a sua pouca idade, porém salientando que na Amazônia há vestígios de que povos vivem ali há pelo menos seis mil anos. Foi aplaudido de pé e com muita atenção pelos presentes. A seguir, enfatizou com muita sabedoria que todos nós devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Ou seja, devemos estar submissos à natureza e respeitá-la sempre. E para delírio de todos prosseguiu: “hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando”. Marcos Rocha nos disse ainda com muita convicção que os humanos não têm mais tempo. “O momento é agora! Não em 2030 ou 2050”, ensinou.
A cada palavra do notório mandatário rondoniense, a plateia, e o mundo inteiro, se entusiasmavam ainda mais. Rocha advertiu também em sua fala que precisamos tomar outro caminho com muitas mudanças corajosas e globais. Falou com eloquência e conhecimento de causa sobre a necessidade de se frear as “emissões de palavras mentirosas e irresponsáveis e a poluição de palavras vazias” e corajosamente concluiu mostrando a todos ali presentes que “é necessário sempre acreditar que o sonho é possível. Que a nossa utopia seja um futuro na Terra”. Desde que esse “coronel bolsonarista” assumiu o poder, Rondônia mudou em tudo. Praticamente não há mais fumaça por aqui durante os verões. A paz reina no campo. Os pobres têm assistência. A produção só aumenta. Rondônia não tem desigualdade social. O povo camponês é feliz.
Durante a pandemia da Covid-19 em Rondônia, por exemplo, Marcos Rocha mostrou todo o seu valor: condenou o negacionismo e o tratamento precoce e por isso, salvou muitas vidas no Estado. Sem corrupção em seu governo e “antenado” sempre com a defesa intransigente da natureza, ele só tem preocupações em salvar o planeta da derrocada final. Dando entrevistas em vários idiomas, nosso governador foi aplaudido durante quase uma hora no seu “fictício” discurso na COP26. Depois de Jorge Teixeira, o coronel que é o “deus de Rondônia”, não há outro mandatário tão carismático quanto esse coronel Rocha. Duas coisas, no entanto, precisam ser melhor esclarecidas: por que Rocha não deu ao inteligente e popular presidente Jair Bolsonaro o protagonismo durante essa cúpula do clima? Quanto será que o contribuinte de Rondônia pagou em diárias para ele e seus assessores representarem tão bem o nosso Estado lá na Escócia?
*Foi professor em Porto Velho