Por CNN
Publicada em 26/11/2021 às 14h38
A Rússia disparou um míssil para o espaço na semana passada. Longe de ser uma anomalia, foi apenas mais um dos testes que as principais potências vêm realizando nos últimos meses, no contexto de grandes anúncios sobre questões nucleares e uma escalada de ciberataques, como o ocorrido em maio contra os Estados Unidos.
O mundo está, então, imerso em uma corrida armamentista em todos os níveis?
O próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse no início de novembro que seu país implantaria mísseis hipersônicos em 2022, logo após a China testar seu próprio míssil hipersônico neste ano.
Os Estados Unidos testaram seu próprio míssil hipersônico em outubro, embora aparentemente sem sucesso.
Aqui estão alguns pontos-chave sobre essa situação alarmante:
Mísseis e mais mísseis para uma corrida armamentista no mundo
De acordo com o Comando Espacial dos EUA, em novembro a Rússia testou um míssil anti-satélite DA-ASAT que atingiu um satélite e criou mais de 1.500 fragmentos orbitais rastreáveis.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que foi “um comportamento irresponsável por parte de um estado-nação”, já que o teste “aumentará significativamente o risco para astronautas e cosmonautas na Estação Espacial“.
Apenas quatro países testaram com sucesso essas armas: Estados Unidos, Rússia, China e Índia, que testaram as suas em 2019.
Entretanto, todas as atenções agora parecem estar voltadas para o desenvolvimento de mísseis hipersônicos, que a China testou recentemente e que a Rússia espera lançar seu Tsirkon no próximo ano.
Essas armas viajam a cerca de 6.200 quilômetros por hora na alta atmosfera, um pouco mais lento que um ICBM, e o formato de sua ogiva permite manobrar em direção a um alvo ou para longe das defesas, dificultando sua demolição.
A Coreia do Norte também afirma ter testado com sucesso um míssil hipersônico, juntando-se ao seleto grupo de países que dominam essa tecnologia de ponta. No entanto, alguns acreditam que seu teste pode ter sido um fracasso.