Por Tamiris Barcellos Ribeiro Garcia
Publicada em 05/11/2021 às 08h40
Concessionária conta com plano especial durante período de chuvas e investiu R$ 21,4 milhões em novas tecnologias para restabelecer o fornecimento de energia em menor tempo
Em outubro, Rondônia registrou mais de 1,2 milhões de raios, especialmente na região norte e centro do estado. O volume representa 49% do registrado no ano, segundo sistema de monitoramento climático do grupo Storm, que dá apoio a operação da Energisa.
De acordo com Carlos Alexandre de Oliveira, gerente de Operações da concessionária no estado, o que pouco gente sabe é que os raios também afetam o fornecimento de energia. Apenas nesse período foram 2.182 ocorrências que deixaram mais de 112 mil clientes sem energia. Isso acontece porque o raio sempre procura o caminho de menor resistência elétrica entre a nuvem e a terra. Pontos altos como antenas de comunicação, torres e postes de energia estão mais propícios a serem atingidos.
“Por isso nossa rede energia conta com para-raios com capacidade de suportar até 10 mil ampères. Porém, o raio é um fenômeno da natureza que não conseguimos prever qual será sua força. Já houve registro de raios com 30 mil ampères. O que daria para acender de uma vez só 30 mil lâmpadas de 100 watts juntas”, explicou ao lembrar que, por isso, é importante que fiação interna das casas também tenham sistemas adequados de aterramento.
A Energisa conta com plano especial de atuação durante o inverno amazônico, época de maior quantidade de chuvas na região norte do país. Neste período há mais equipes de manutenção disponíveis para dar resposta rápida aos atendimentos, bem como toda estrutura que dá apoio. “Desde o call center, operadores e até nosso almoxarifado está preparado. Contudo, há situações em que o reparo leva mais tempo devido à sua complexidade ou localização”, destacou. Em média, a substituição de postes tem quatro horas de duração e rompimento de cabos cerca de duas horas. A empresa aproveitou o período da seca para fazer obras de melhoria e manutenções preventivas que já resultaram na melhoria dos indicadores de frequência de falta de energia, e que estão de acordo com o que a agência reguladora do setor elétrico permite.
A velocidade dos ventos nesse período também é intensa, lançando objetos nos cabos de energia que provocam curto-circuito. “O mais comum é galho de árvores, mas também já encontramos faixas de lona de propagandas, tampa de caixa d’água e até uma tenda inteira. Por isso, é importante que a população contribua fixando bem os objetos que podem voar com o vento”, orientou Oliveira. A concessionária também investiu R$ 21,4 milhões em novas tecnologias como os religadores automáticos que atuam em pequenos curtos-circuitos provocados, por exemplo, quando galhos de árvores encostam nos cabos.
O sistema protege a rede, evitando a abertura de muitas chaves, e religa automaticamente em poucos segundos. Essa ferramenta otimiza a atuação e permite a dedicação em ocorrências mais complexas. “A gente percebe a atuação do religador nos dias de ventania, quando a energia pisca por alguns segundos e volta ao normal. Se o motivo da falha regularizar, a rede é energizada sem necessidade de que uma equipe atue.
Caso a origem permaneça, porque o objeto ainda está em cima dos cabos provocando o curto-circuito, a informação é enviada para o Centro de Operações Integrada (COI) da Energisa que aciona uma equipe para a manutenção”, declarou ao destacar que a automatização de consertos simples permite que eletricistas atendam ocorrências complexas com mais agilidade, reduzindo em até 3 horas o atendimento ao cliente.
O informe de falta de energia pode ser feito através do aplicativo Energisa On, whatsapp GISA 69 9 9358-9673, site www.energisa.com.br ou no 0800 647 0120. O atendimento está disponível 24 horas por dia gratuitamente e é necessário informar o número da unidade consumidora.