Publicada em 16/12/2021 às 10h19
Cauã Reymond se abriu quanto à saúde física e mental em entrevista ao GQ de Portugal. Aos 41 anos de idade, o ator que interpreta gêmeos na novela Um lugar ao Sol, comentou a busca pela espiritualidade após perdas recentes e revelou que a maturidade o ensinou a não restringir os cuidados ao corpo, mas também valorizar seu psicológico.
- Com a maturidade que vem chegando, perdi pessoas queridas e comecei a ter uma relação com a saúde. Durante muitos anos, eu fui um cara saudável, atleta, mas acho que eu não entendia o quanto é importante era eu estar calmo aqui, relaxado aqui. Não adianta fazer todas as técnicas, todos os treinos, se você também não encontrar uma saúde emocional.
O artista começou a ficar mais atento e cuidadoso com a saúde depois de ter sofrido com depressão ao enfrentar sequelas da cirurgia que fez no quadril, em 2010.
- Quando eu me toquei que o excesso de exercício físico pode ser prejudicial foi quando fiz uma novela chamada Passione, meu personagem era um ciclista e eu queria ficar com as pernas fortes. Comecei a malhar muito, pedalar, pedalar. Acabei operando meu quadril. Descobri que tinha uma má formação do fêmur. Eu tive que lidar com uma impotência do meu corpo, tive que andar de muletas. Foi um momento difícil em todos os aspectos. A região do quadril é uma região difícil para namorar. Eu tive uma depressão por conta da endorfina. Eu estava acostumado a ter um xote de endorfina diário e parei de ter. Depois eu me recuperei, mas eu tive uma grande cicatriz. Não só física, mas uma cicatriz na minha potência como homem.
Além das batalhas com a saúde física, Cauã também sofreu com as perdas da mãe, a astróloga Denise Reymond, que morreu vítima de um câncer em 2019, e de uma tia querida, em seguida. Os acontecimentos levaram o galã a se aproximar de sua espiritualidade:
- Nos últimos anos eu fui me aproximando muito da minha espiritualidade eu acho que isso tem muito a ver com a forma como eu venho vivendo e conquistando coisas e me relacionando com perdas, que é a da oração. Isso tem a ver com a forma que eu venho vivendo, conquistando coisas e me relacionando com as perdas. Sou um cara que realmente oro. Quando comecei as minhas orações, nunca pedia proteção para os outros. Era só eu, eu, eu, eu. Agora tem espaço para outras pessoas.