Publicada em 24/12/2021 às 08h48
Porto Velho, RO – As eleições de 2022 já começaram e só não vê quem não quer. Pelo menos quatro peças movimentam desde agora o tabuleiro das postulações sob a penumbra dos bastidores, a despeito de, em uma manifestação ou outra, colocarem a cabeça para fora do casco.
São elas: Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, atual governador; seu xará, Marcos Rogério, com um pezinho no PL do mandatário da União; o ex-chefe do Executivo Ivo Cassol, e o senador licenciado Confúcio Moura, do MDB.
Coronel Marcos Rocha tentará capitanear o timão do Palácio Rio Madeira por mais quatro anos, agora com sua própria personalidade política apesar de ainda manter ligações com o presidente Jair Bolsonaro, este recém-filiado à legenda de Valdemar Costa Neto.
Rocha sagrou-se vencedor em 2018, no auge da onda bolsonarista, passando à etapa seguinte da peleja disputando o Executivo estadual com o vetereno Expedito Júnior.
No segundo turno, Rocha esmagou o tucano. Foram 530 mil votos contra 270 mil.
Essas margens por si já o credenciariam a tentar de novo; entretanto, agora como vidraça, terá muito mais atenção por parte do adversários do que quando surgiu para o grande público.
Isto nos leva a Marcos Rogério, o congressista que recentemente soltou a “pérola” justificando o fato de o presidente não ter se vacinado contra a COVID-19. Na visão dele, Bolsonaro não se imunizou por ser detentor de uma “saúde diferenciada”.
Apesar dessas bobagens retóricas, Rogério sabe o que faz e onde pisa, portanto largou tudo para transformar a vassalagem presidencial em dividendos eleitorais: sua ida para o partido de Messias significa o óbvio, ele quer mandar no Estado.
Bolsonaro disse que não irá se meter no primeiro turno; agora, a realidade é que haverá um puxa-puxa porque tanto Rocha quanto Rogério brigarão por um naco do morador do Alvorada.
Antes de travarem a batalha na urna, essa primeira disputa interna será importantíssima para ambos. Qual dos dois é mais amigo do presidente?
Aí surge no horizonte a possibilidade chama Ivo Narciso Cassol, ex-governador e ex-senador que briga no Judiciário para ter o direito de ombrear os demais concorrentes na hora de colher a preferência do povo rondoniense.
Em um áudio distribuído no WhatsApp, mas vazado pela imprensa, Cassol colocou as asinhas de fora e não esconde o otimismo em relação à possibilidade de estar entre as cabeças que podem assumir as rédeas do Poder.
Voto ele tem. Entusiastas não faltam. Resta combinar com os Russos, ou seja, falta para ele sinal verde trazido pela Justiça.
Por fim, Confúcio Moura, que está sempre proseando em suas redes sociais, veiculando textos e mensagens prolixas, muitas vezes sem pé nem cabeça, jogando migalhas de intenções a seus leitores.
Ele gravou um vídeo desconversando a respeito de sua candidatura, inicialmente, mas sem conseguir esconder suas reais pretensões. Conversando com lideranças, ouvindo a sigla, Moura expõe que tem clara vontade de regressar à cadeira de governador, cargo que ocupou por oito anos.
Esses são os caciques que já se manifestaram, ainda que timidamente, lançando mensagens cifradas ou mesmo abordando a questão abertamente, sem hesitar.
Por aí, sem contar nomes que surgirão em 2022, já se pode construir uma ideia sobre o que o rondoniense pode esperar no menu do ano que vem.
E aí, já sabe me quem vai votar? Vai esperar? Ainda tem esperança na política? Pensa em outro nome que não foi citado?
Fica a reflexão.
Feliz Natal!