Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 07/12/2021 às 15h12
Senado – As eleições gerais (presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado dos Estados e Distrito Federal; deputados federais e estaduais) de outubro do próximo ano, já movimenta a política em Rondônia. No Estado, além do cargo de governador, a disputa pelo Senado também promete ser das mais acirradas. Vários nomes expressivos estão na linha de frente dos candidatos à vaga, que hoje é ocupada pelo senador Acir Gurgacz (PDT), presidente do seu partido no Estado, mas que não deverá concorrer à reeleição, pois tem implicações legais inviabilizando sua candidatura. E caso consiga elegibilidade a opção seria para o governo do Estado e não ao Senado como comentam pessoas mais próximas a ele.
Senado II – O nome do ex-prefeito e ex-deputado estadual Jesualdo Pires (PSB) é sempre lembrado para concorrer ao Senado. Em 2018 ele foi o quarto colocado e somou mais de 195 ml votos. À sua frente ficou Jaime Bagattoli (PSL), com pouco mais de 212 mil votos (16.436 a mais). Hoje comenta-se com intensidade, que Bagattoli concorrerá ao Senado em 2022. Ocorre que ele não terá, como teve em 2018 o fenômeno Bolsonaro, que hoje é presidente da República. Hoje Bolsonaro, mesmo com a “máquina” do governo na mão tem desgaste político, o que é natural para quem está no poder, e tem uma oposição ferrenha, inclusive na mídia. Outra situação é que o prefeito-reeleito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV), que superou a Família Donadon em duas eleições seguidas como adversário forte estaria disposto a candidatar-se ao Senado. Em 2018 Bagattoli concorreu só na região e teve o apoio do agronegócio. Não faltou a ele recursos financeiros e nem estrutura, mas competência, humildade.
Senado III – Apesar de ser considerado o vice dos sonhos de vários postulantes ao governo de Rondônia, Jesualdo se mantém firme e não abre o jogo sobre seu futuro político. Em 2018 fez uma campanha franciscana, com a cara e a coragem e, ainda, teve que dividir os votos com o campeão de votos, senador Marcos Rogério (324.939), na época no DEM, que é de Ji-Paraná, mesmo domicílio eleitoral de Jesualdo e de Acir. Jesualdo somou 41.647 votos em Ji-Paraná e Marcos Rogério 24.997 votos. Jesualdo tem chances de candidatar-se a governador, desde que tenha um bom vice de Porto Velho ou concorrer ao Senado e, numa terceira hipótese à Câmara Federal. Se Ji-Paraná quer continuar com dois senadores o caminho é optar pelo ex-prefeito Jesualdo Pires.
Homenagem – A Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), representada pelo presidente da instituição Hélio Dias e toda a diretoria, na próxima sexta-feira (10), estará homenageando o jornalista, José Luiz Alves, pelos “bons serviços prestados ao agronegócio de Rondônia”. O profissional especializado na área rural, que apresenta na Rede TV o programa “Campo e Lavoura” e escreve sobre agronegócio para o “Diário da Amazônia”, bem como para os portais de notícias, “Diário da Amazônia” e RONDONIA DINÂMICA, aposta que nos próximos cinco anos carreados pelas novas tecnologias o Estado, sem sombra de dúvidas, “será um novo Oeste paranaense”, argumenta.
Vice – No dia a dia da política de Rondônia o assunto principal gira em torno das eleições de 2022. Se no interior o vice dos sonhos de qualquer candidato da capital é Jesualdo Pires, em Porto Velho, maior colégio eleitoral do Estado, mais de 330 mil votos em 2018, a “cereja” do bolo é a primeira dama do município, Yeda Chaves. Com identificação ampla junto a área social do município, Yeda é “cortejada”, politicamente para vice de vários candidatos ao governo, inclusive do governador Marcos Rocha (União Brasil), que buscará a reeleição. Mas uma parceria entre Jesualdo e Yeda, seria muito difícil de ser superada. E há possibilidades de que a sugestão se materialize. Até as convenções partidárias do próximo ano teremos inúmeras especulações, mas já ocorrem intensas discussões em torno das eleições do próximo ano.
Respigo
Na próxima semana deverá ser colocado em discussão e votação o Orçamento do Estado de Rondônia para 2022 na Assembleia Legislativa (Ale). A peça já está sendo analisada pelos deputados tendo à frente o relator, deputado Chiquinho da Emater (PRB) do orçamento, que está em torno de 10 bilhões (9.980.424.496,00) +++ O deste ano é de R$ 8,6 bilhões. Caso o orçamento não vá par ao plenário antes do recesso (próximo 15) terá que ser convocada extraordinária ou iniciar o novo ano com 1/12 anos do valor do orçamento deste ano +++ Antes da discussão e votação plenária do orçamento 2022 os deputados terão que resolver uma questão interna. É um assunto delicado, missão difícil para o Conselho de Ética presidido pelo deputado Ezequiel Neiva, mas necessário que seja analisado, discutido e votado, pois envolve uma questão judicial +++ O presidente da Ale, deputado Alex Redano (PRB-Ariquemes) concede entrevista coletiva amanhã (8), às 9h30 no Salão Nobre do legislativo estadual para analisar a situação da garimpagem em Rondônia. Em seguida o assunto será discutido em audiência pública com início previsto para as 10h.