Por AFP
Publicada em 08/12/2021 às 14h45
Meta, a empresa matriz do Facebook, relatou nesta quarta-feira (8) ter desativado todas as páginas e contas pertencentes a empresas controladas pelo exército birmanês, acentuando suas restrições à junta militar.
Os militares birmaneses têm amplos interesses comerciais em diversos setores, incluindo cerveja, tabaco, transporte, têxteis, turismo e finanças.
De acordo com ativistas e grupos de direitos humanos, essas empresas financiaram a repressão e os abusos muito antes do golpe militar de 1º de fevereiro, que derrubou a chefe do governo civil, Aung San Suu Kyi.
Até o final de fevereiro, o Facebook já havia retirado todas as contas vinculadas ao exército, justificando a medida pelo uso da força contra os opositores do golpe.
Também removeu a publicidade de empresas ligadas aos militares de suas plataformas.
E, um porta-voz do Facebook confirmou nesta quarta-feira que todas as suas páginas já estão desativadas, depois que a gigante das mídias sociais prometeu “eliminar páginas, grupos e contas que representam empresas controladas por militares”.
Esta decisão é baseada "na extensa documentação disponível para a comunidade internacional sobre o papel direto dessas empresas no financiamento da violência e das violações dos direitos humanos" pelos militares birmaneses.