Publicada em 15/12/2021 às 16h24
O hotsite Ditadura em Porto Velho traz um mapa digital sobre os espaços públicos da cidade que homenageiam os ditadores militares, como a rua e a escola Castelo Branco, a rua Presidente Médici e o bairro Costa e Silva. O produto possui ainda informações oficiais sobre os homenageados e o conhecimento da população que se relaciona cotidianamente com esses lugares.
A intenção do hotsite é facilitar a visualização dos espaços públicos que homenageiam ditadores militares e gerar uma demanda aos gestores municipais para possíveis mudanças. Segundo o coordenador Allysson Martins, os projetos buscam ainda apresentar a história da ditadura militar brasileira (1964-1985), questionando honrarias a políticos que estão relacionados a cassações, prisões, exílios, torturas, desaparecimentos, assassinatos e demais violações contra os direitos humanos.
O conhecimento sobre esses ditadores foi avaliado por meio de um questionário, aplicado pelas estudantes. "Mais de 70% dos moradores do bairro e das ruas não sabem que os homenageados foram presidentes ou políticos brasileiros e também são contrários à alteração dessas homenagens", explica Alice Belo.
Os resultados podem ser um reflexo da influência que a Lei de Anistia do período militar teve na construção da história recente do Brasil. "Esse desconhecimento nos faz questionar a construção desses lugares de memória e a forma como a história e a memória da ditadura é tratada no país", afirma Juliana Rocha.
Serviço
O quê: lançamento do hotsite Ditadura em Porto Velho
Quem: Alice Belo e Juliana Rocha, bolsistas do projeto
Quando: 17/12 (sexta-feira), às 18h30
Onde: canal de YouTube do /grupoMíDI
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